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Entre silêncios, ruídos e oportunidades

 Entre silêncios, ruídos e oportunidades - Jornal do Centro
14.02.25
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 Entre silêncios, ruídos e oportunidades - Jornal do Centro

por
Jorge Marques

No próximo setembro teremos eleições autárquicas e sobre elas pairam ainda muitos silêncios, o que parece natural. Um Poder Autárquico onde se diz que foi uma das grandes conquistas de Abril, o poder que está mais próximo do cidadão. Talvez que parte do atual silêncio na discussão autárquica tenha a ver com uma falsa ideia, aquela que reduziu estas eleições á escolha do Presidente da Câmara e da Junta de Freguesia. Uma escolha que se transforma numa luta, cujo resultado é haver vencidos e vencedores e onde os vencedores se tornam senhores do Poder Local. Esta é uma ideia perigosa, porque para além de afastar os cidadãos das práticas democráticas, faz deles súbditos e dos eleitos verdadeiros senhores. Quem faz esta leitura é o Prof. António Cândido de Oliveira, reconhecido especialista na matéria, que ao Poder Local prefere chamar Democracia Local! É uma sábia leitura, porque vem confirmar os muitos silêncios de hoje sobre as autárquicas e o demasiado ruído sobre as presidenciais. Um ruído que nos faz perder o interesse pelas eleições autárquicas e amarra-nos desde já ás presidenciais do próximo ano. 

A questão seguinte é procurar o culpado? A Comunicação Social tem as costas largas, mas mesmo que acusada, ela não trabalha sobre o vazio, mas sobre os sopros que são trazidos a público pelos candidatos e seus emissários. E aqui é curioso, aqueles que mantém o silêncio próprio da situação passam a inimigos do sistema. O jogo de que estou em reflexão, ainda não decidi, esse torna-se cada vez mais caricato! A apresentação prematura das candidaturas presidenciais, não são um sinal de respeito para com o Poder Local, mas um menosprezo pelas eleições autárquicas!

Acredito que nos próximos tempos vamos ouvir demasiadas vezes a palavra Liderança. Isso tem muitas causas, mas uma deles é certamente o desgaste que provocámos na confiança. Não vale a pena fugir da questão, porque vivemos hoje numa sociedade onde a desconfiança ultrapassou os limites do razoável. O indicador que existe nos países europeus e que não é diferente do nosso, diz-nos que apenas 20% das pessoas acredita que os líderes falam verdade. E qual é a consequência? Fraco envolvimento das pessoas na vida política e a necessidade de reinventar tal liderança. Desde o início do milénio que se fala desta crise de confiança e na necessidade de uma Liderança Autêntica! Será também umas das consequências da IA, porque ela ajudará muito na gestão, mas criará a necessidade de melhores lideranças. Libertar a gestão/executivo, mas elevar o nível da liderança nas Empresas, Administração Pública e Sistema Político.

A nova doutrina para atrair e reter talento, mobilizar pessoas, elevar o envolvimento e repor a confiança é a Liderança Autêntica. Significa ética aplicada, valores claros, exprimir confiança, permitir o compromisso e a responsabilidade. A Liderança que vamos ouvir falar não pode ter apenas uma ética e moral discursiva, mas envolvimento e verdade! Não existem muitos consensos sobre como objetivar tudo isto, mas há aproximações em pelo menos quatro grandes grupos de competências:

– Honestidade Emocional – Não criar uma falsa ideia de si, dizer o que pensa e fazer o que diz! É aqui que se mostram as convicções, os valores, cumprem as promessas e compromissos. O propósito corresponde aos atos e não ás promessas;

– Não imitar os outros – Não tentar copiar os que tiveram sucesso procurando ser a sua reencarnação. Ter uma visão própria, não se submeter ao pensamento de minorias ou maiorias, ele é o todo. Não ter ligações privilegiadas com uma parte;

– Consciência de si próprio – Toda a gente tem virtudes, valores, emoções e preconceitos. Conhecer os nossos pontos fortes e fracos é fundamental. Não vale a pena criar uma imagem popular, falsa e que não seja a sua;

– Convicções pessoais – A primeira e grande motivação são as convicções pessoais, mais do que o reconhecimento de grupos ou dos media. São fundamentais valores de integridade, justiça, abertura, empatia.

Claro que tal liderança corre o risco de ser alvo de ataques por parte dos valores e interesses do momento. Mas serão perdas momentâneas e ganhos futuros. Dizer a verdade pode ser um problema, mas também não tem que se dizer tudo. É preciso aprender o sigilo por motivos éticos e que não beneficia a concorrência. O foco é o país! O papel do líder não é dizer tudo, mas comunicar no tempo certo as informações úteis. Na eleição presidencial vota-se menos num partido do que na pessoa, por isso a escolha é influenciada pela confiança que o líder inspira. Experiência é importante, mas o mundo atual precisa mais de quem inspire e consagre a iniciativa, inovação, investigação, eficácia e criação. A experiência é uma faca de dois gumes, ou como diz o Fernando Pessoa no Preconceito da Ordem: Portugal precisa de um indisciplinador

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