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A canção a 29 de março que foi uma premonição para 25 de Abril

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 A canção a 29 de março que foi uma premonição para 25 de Abril - Jornal do Centro
29.03.24
fotografia: Jornal do Centro
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 A canção a 29 de março que foi uma premonição para 25 de Abril - Jornal do Centro
29.03.24
Fotografia: Jornal do Centro
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 A canção a 29 de março que foi uma premonição para 25 de Abril - Jornal do Centro

Há 50 anos, a 29 de Março de 1974, ouviu-se as “Grândola” no final do 1.º Encontro da Canção Portuguesa, no Coliseu dos Recreios. Um momento que foi premonitório do que seria, menos de um mês depois, a importância que a canção de Zeca Afonso viria a assumir na “Revolução dos Cravos”.
Um evento que juntou os cantores da música de intervenção e em que mais de três mil pessoas se ergueram para com eles cantar “Grândola, vila morena”. “Grândola fora a única canção que não sofrera cortes da Censura.
De acordo com as notícias da época, Zeca Afonso e Adriano Correia de Oliveira não estavam autorizados a participar neste “Encontro” o que levou a “Casa da Imprensa”, mentora deste espetáculo, a escrever, através do Ofício nº 181/74, ao Subsecretário de Estado da Informação e Turismo, fazendo o seguinte reparo: «… no momento da entrega da entrega das letras das composições (para análise da Censura), foi a direcção da Casa da Imprensa surpreendida com a informação de que os artistas José Afonso e Adriano Correia de Oliveira não poderiam cantar no espectáculo. (…) Permitimo-nos, pois, solicitar a VExa. os seus bons ofícios no sentido de o embargo em relação aos artistas (…) seja desta vez levantado, ainda que a título excepcional, com a certeza antecipada que a sua presença no palco do Coliseu terá um carácter estritamente artístico».
Ora, Zeca Afonso só cantou nesse espectáculo duas canções, a “Grândola” e “Milho Verde”.
“Grândola, vila morena” foi escrita por Zeca Afonso em 1964, em homenagem à Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, onde o músico atuara juntamente com Carlos Paredes. Mas só foi cantada a primeira vez ao vivo em 1972, na Galiza, em Santiago de Compostela. Seguiu-se, em 1973, a gravação em disco.
Na noite de 29 de março, no Coliseu, segundo os relatos: “Milhares de pessoas de pé, abraçadas, de isqueiros acesos” acompanharam Zeca Afonso e saíram “a cantá-la, já depois da 1 hora da manhã, para uma Lisboa cheia de polícias a cavalo, de carros de água e de agentes com pastores alemães pela trela […].
“Todos sentíamos que algo de decisivo estava prestes a acontecer, mas ignorávamos como, quando e onde”, diria, anos mais tarde José Jorge Letria.
Otelo Saraiva de Carvalho e Vasco Lourenço eram dois dos muitos militares opositores ao regime que estavam nesse concerto.
Vinte e sete dias depois, a mesma “Grândola” foi transmitida na Rádio Renascença, pouco depois da meia noite, do dia 25 de Abril. Estava dada a senha para a Revolução.

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