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A crise afegã e os refugidos (Continuação da crónica anterior)

 A crise afegã e os refugidos (Continuação da crónica anterior)
11.09.21
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 A crise afegã e os refugidos (Continuação da crónica anterior)

Quem pensava que a guerra do Afeganistão não era nossa ou que nada teríamos a ver com a saída dos Estados Unidos e dos seus aliados do solo afegão, poderá desenganar-se.

Volvidos poucos dias após a saída das tropas dos EUA do aeroporto de Cabul, muito embora de forma humanitária, sentimos os efeitos da tomada do poder pelos talibans e o sentido receio dos afegãos de se manterem no seu país.
Já chegou cerca de uma centena e há a promessa do Governo em acolher cerca de 5 centenas. Pois bem. Quando se pensava que Portugal não teria que sofrer com as consequências da retirada das tropas americanas, os refugiados afegãos serão mais uns tantos a juntar-se a outros cidadãos já acolhidos aquando do surto migratório bem recente e no âmbito dos acordos europeus sobre tal dossier.

Sendo um país democrático, inclusivo e solidário, teremos que criar as condições de alojamento. Temos ainda que financiar esses recém-chegados com rendimentos mínimos que por vezes, excedem o que recebem os nossos concidadãos de origem. A nível das famílias há a registar a doação de bens essenciais.
O povo português que antes se desdobrava em múltiplas ações de controlo das ex-províncias ultramarinas, as quais ainda hoje são apoiadas das mais diversas formas, muda o paradigma e torna-se um povo vocacionado para a paz e a ordem internacional, em missões de ajuda e acolhimento. É uma grande responsabilidade que Portugal assume no contexto mundial.

Ao menos bom de termos cada vez mais uma sociedade multirracial, o acolhimento de estrangeiros ajuda e muito a mitigar o efeito da redução da nossa população que muito tem decrescido e assim continuará se as medidas de apoio ao aumento da natalidade não forem efetivas, ou seja, consolidadas.
De registar no entanto que cada afegão só poderá trazer uma mulher, o que não ajudará tanto no aumento populacional do nosso País.

Trata-se de assunto que terá de ser bem acompanhado, com processos de monotorização, até porque nunca poderemos esquecer das reais motivações e até intenções dos nossos acolhidos.

 A crise afegã e os refugidos (Continuação da crónica anterior)

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