A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…
Sabia que é possível parecer mais jovem e elegante com os seus…
No segundo episódio do programa “Bem-Vindo a”, tivemos o prazer de conversar…
por
Raquel Costa, presidente da JSD Concelhia de Tarouca
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
Um título efectivamente longo, mas revestido de uma verdade, agora indesmentível, verdade essa denunciada há anos pelos defensores do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Decénios de políticas de direita e brechas constitucionais abriram caminhos a um desígnio antigo do PS, PSD e CDS, e mais recentemente dos seus rebrandings IL e Chega, para a mercantilização da saúde e a destruição parcial ou total das estruturas públicas.
Uma opção de classe, que muito têm vindo a prejudicar as populações, com particular incidência aos territórios mais ruralizados. As políticas destes partidos, sequestradas pelos interesses económicos dos grupos e monopólios privados na área da saúde, secundarizou a saúde como um direito constitucional, preferindo a ideia consócia de lucro e saúde e promovendo o recorrente e contínuo desmantelamento do SNS em favor da iniciativa privada.
A saúde não é um negócio, mas a inorgânica e inumana condição do capitalismo não permite a estes partidos o senso de empatia, justiça e igualdade, e ora pela voluntária inactividade governativa, ora pela cúmplice falta de propostas ou inacção no acompanhar de propostas que dêem as respostas necessárias por parte da direita, o caminho que a saúde pública percorre em Portugal parece ter um destino traçado.
Anos de desinvestimento no SNS, de congelamento de salários e carreiras, de recusa de reforço de profissionais da área da saúde, o envelhecimento das estruturas públicas de saúde, o seu compulsivo encerramento de forma total ou a eliminação de valências, especialidades e camas, o desvio em sede orçamental dos dinheiros da saúde pública para o financiamento do privado neste sector, pautaram o estado actual do SNS, onde se torna mais fácil culpabilizar os seus profissionais, afastando-os ainda mais desta tarefa, do que as opções governativas que nos trouxeram até aqui.
Uma conquista de Abril não se destrói num só dia, sobretudo se tiver o seu povo ao lado dessa conquista, mas o cansaço perante interminável ataque não facilita que os alicerces do SNS continuem a ser o garante da sua sobrevivência.
O que sentem hoje os portugueses de uma forma transversal, sentiu antes o dito interior do país, alvo primeiro destas políticas, que sabiam os seus promotores serem impossíveis de aplicar de uma e só vez, pela imagem positiva que o SNS tem e teve no seio das populações. Questões como os encerramentos de urgências, maternidades, especialidades clínicas, falta de médicos, enfermeiros, técnicos de saúde e auxiliares de saúde, são problemas antigos para as populações do interior do país e do distrito de Viseu, em particular, que apresenta graves deficiências e dificuldades extremadas no acesso à saúde, desde os seus cuidados primários ao especializados.
Num país onde se popularizou a concepção de “colaborador” à troca do termo trabalhador, para se promover os ataques aos direitos laborais que muito fragilizam os trabalhadores e, em particular, os mais novos, substitui-se agora a palavra utente e paciente, por “utilizador” e “cliente”, dando cumprimento ao objectivo de a saúde passar a ser um negócio, onde o lucro será salvo e o prejuízo será contado em mortos.
É hora de uma mobilização em torno da defesa do SNS, e o PCP está na primeira linha.
por
Raquel Costa, presidente da JSD Concelhia de Tarouca
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
por
Helena Carvalho Pereira
por
José Carreira