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Catarina Meneses
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Alma Viseu

 Alma Viseu - Jornal do Centro
02.03.23
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Quando tomei conhecimento da existência de uma associação cívica chamada Alma Viseu, isso despertou-me a curiosidade! Lembra-me o conceito de Alma de Aristóteles (Séc. IV a.C.). Ele chamava-lhe “De Anima”, o princípio vital das coisas e da cidade no sentido físico e biológico. Era um princípio de vida animado! Quando se identifica a Alma com a Cidade, isso quer dizer viver, sentir e esses sentidos também tem a paternidade de Aristóteles. Passados todos estes séculos continuamos a ler a sua cartilha dos cinco sentidos. Ele dizia: Não há outro sentido para além dos cinco – Visão, Audição, Olfato, Paladar e Tato. É por estas portas que nos entra a cidade e onde começa a ser sentida!

Li a missão que se propõe a Alma Viseu: Proteger e valorizar o centro urbano; divulgar e promover projetos e eventos educativos, publicações…; salvaguardar património, história, cultura e tradição; defender a segurança, ambiente e qualidade de vida. Por fim fazem um apelo á participação de todos, seja com a voz, tempo ou ideias. Procuram a Alma da Cidade!
Com Jaime Lerner, considerado no Urbanismo/Mobilidade o segundo arquiteto mais influente do mundo, aprendi a olhar uma cidade, o começo para a sentir! Dizia ele: A cidade é o último refúgio da solidariedade; não é o problema, mas a solução; as ruas são cenários prontos e caros demais para serem parques de estacionamento; não se ama aquilo que não se conhece. Comece pela intensidade da luz, iluminação, praças, rio, história; nas praças vai-se para ver o que está em volta, nos parques o que está dentro; as praças têm portas abertas, pertencem ao casario; a praça coberta, desligada do ambiente, não pertence a ninguém; os prédios antigos pertencem á rua; as cidades têm sons, nos centros históricos há a possibilidade de silêncio. Sem carros enchem-se de adultos e crianças que brincam livremente; os mercados são tão antigos como as cidades, são pontos de referência; quanto mais se integram as funções urbanas, quanto mais diversidade em idades e rendimentos, mais humana ficará a cidade.

É sempre de louvar a Sociedade Civil quando ela se organiza para ajudar nesta construção. A Autarquia, Polícia e poderes públicos não conseguem fazer tudo, por melhores que sejam ou funcionem. Precisam destes contributos da cidadania ativa. A Alma da Cidade tem duas propriedades distintas e fundamentais, movimento local e pensamento/inteligência. É isto que faz acontecer…Saúdo a Alma Viseu!

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