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Em mais uma edição de “Portugal tem Ciência”, um projeto da Iniciativa Educação em parceria com a TSF e o Dinheiro Vivo, João Marôco e Nuno Crato, analisaram os resultados obtidos pelos alunos portugueses do 4.º ano no PIRLS, relatório internacional, produzido pela IEA (International Association for the Evaluation of Educational Achievement), que avalia a literacia e a leitura.
Os resultados pioraram face ao relatório anterior. Os alunos portugueses desceram 8 pontos, obtiveram 520. Segundo João Marôco, os recursos educativos existentes na casa dos alunos são uma das variáveis que mais influencia o seu desempenho. Também, como defende Nuno Crato, a cultura geral e a educação das famílias determinam, em grande medida, as capacidades dos alunos. As crianças não partem todas do mesmo patamar, nem têm acesso às mesmas ferramentas. O estudo apresenta duas conclusões relevantes:
Nas famílias em que se lê com assiduidade, as crianças leem mais e melhor.
O estatuto socioeconómico determina os níveis de leitura das crianças.
Ao comentar os resultados do PIRLS com familiares que vivem na Alemanha e têm uma filha em idade escolar, percebi que também nesse país as dificuldades na leitura são enormes. Em 2021, 25% das crianças que frequentavam o 4.º ano não tinham as competências de leitura adequadas e necessárias. A ministra da Educação, Bettina Stark-Watzinger classificou os resultados do estudo como “alarmantes” porque “saber ler bem é uma das competências básicas mais importantes e a base para o sucesso educativo. Precisamos urgentemente de uma reviravolta na política educacional para que o desempenho das nossas crianças e jovens possa melhorar.” Bernd Schauer, Diretor do Sindicato de Educação e Ciência (GEW), falou em “escândalo social” e pediu mais dinheiro para a educação, programas de promoção da leitura mais direcionados, mais equipas multiprofissionais nas escolas primárias e melhores condições para os professores lidarem com o aumento de alunos de diferentes origens.
Seria interessante sabermos o que pensam, a este propósito, o Ministério da Educação português; os partidos políticos; as forças sindicais; as família e, claro, os professores que são o primeiro e o último bastião da Educação e que, diariamente, fazem das tripas coração para o sucesso dos seus alunos.
O “Inquérito às Práticas Culturais dos Portugueses 2020” conclui que mais de metade dos portugueses não lê livros, uma realidade que está fortemente associada à educação, já que muitos não têm memória de os pais alguma vez os terem levado a uma livraria ou lhes terem oferecido um livro.
Para reativar o elevador social e combater as desigualdades, o poder político deve concentra-se em aplicar instrumentos de análise e compensar os défices estruturais de amplos setores sociais. Sem uma política de Estado, focada e consistente, que ataque a origem da desigualdade de oportunidades, a literatura não será acessível a muitas crianças hipotecando-lhes precocemente o futuro, eternizando os ciclos de pobreza e exclusão.
Nem tudo é mau, na abertura da Feira do Livro de Lisboa, Pedro Sobral, dá nota do seguinte: “Há indícios de que as pessoas estão a reconectar-se à leitura. Sobretudo na faixa entre os 18 e os 30 anos, mais as mulheres do que os homens. E é uma leitura muito ativa, as pessoas falam sobre os livros, voltaram os clubes de leitura. Um fenómeno que tem sido alavancado pelas redes sociais – especialmente o Tik Tok e o Instagram, onde surgiram vários influencers, nacionais e internacionais, que falam sobre os livros que leem e deixam recomendações.”
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Amnistia Internacional