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Dois dos partidos que concorrem pela primeira vez à Câmara de Viseu estão no top cinco das intenções de voto, de acordo com a sondagem Eurosondagem/Jornal do Centro. São eles o Iniciativa Liberal, cujo cabeça-de-lista é Fernando Figueiredo, e o Chega com Pedro Calheiros. Ambos, militares na reforma.
Relativamente aos dois partidos com mais votos, as projeções deste estudo de opinião (ler ficha técnica no final deste texto) não são muito díspares dos resultados das autárquicas de 2017. Na altura, o PSD, liderado por Almeida Henriques, venceu com 51,74 por cento dos votos. O PS, com Lúcia Silva, obteve 26,46.
Em 2017, o CDS teve 5,10 por cento, O BE 4,79 e a CDU 3,85. O PAN ficou pelos 2,18 por cento dos votos.
Num universo de mais de 94 mil eleitores, a abstenção foi de 49,21 por cento.
E estes são os candidatos:
O regresso de um ‘dinossauro’ social-democrata, a aposta num socialista que governou um concelho vizinho e o surgimento de dois partidos que se estreiam com coronéis reformados prometem, assim, contribuir para um ‘combate’ animado nas próximas eleições autárquicas em Viseu.
Fernando Ruas, que ocupou a cadeira de presidente da Câmara de Viseu durante 24 anos (entre 1989 e 2013), foi a solução encontrada pelo PSD após a morte de Almeida Henriques (em 04 de abril), que já tinha sido indicado como recandidato pelo partido.
João Azevedo era presidente da Câmara de Mangualde desde 2009, mas deixou um mandato a meio, em 2019, para assumir o cargo de deputado na Assembleia da República, ao qual se candidatou como cabeça de lista do PS no distrito de Viseu nas mais recentes eleições legislativas.
Num concelho que é governado pela direita desde que há eleições autárquicas, o socialista acredita reunir as condições necessárias para alcançar o feito histórico de retirar o PSD do poder.
Apesar de concorrerem pela primeira vez à Câmara de Viseu, a Iniciativa Liberal e o Chega mostram-se também otimistas nos resultados das próximas eleições, apostando em dois candidatos com longas carreiras militares.
O coronel de infantaria na reforma Fernando Figueiredo é o cabeça de lista da Iniciativa Liberal, enquanto as esperanças do Chega estão depositadas no coronel de cavalaria da GNR Pedro Calheiros. Ambos consideram que um presidente de Câmara deve ter sempre na cabeça a ideia de servir os outros.
O combate autárquico em Viseu contará também com a ativista pelos direitos humanos e feminista Manuela Antunes (BE) e com o dirigente sindical Francisco Almeida (CDU).
Os dois professores, que estão habituados a fazer das ruas o palco de muitas lutas, voltam assim a partilhar o boletim de voto para a Câmara de Viseu, tal como já tinha acontecido em 2013.
Os viseenses vão poder também dar oportunidade a Nuno Correia da Silva, vereador da Câmara de Lisboa e administrador da Sporting SAD, que regressa às origens por estar convencido de que Viseu precisa do CDS-PP para ser muito mais do que é hoje.
O mais novo dos oito candidatos à presidência da Câmara de Viseu é Diogo Chiquelho, que, aos 22 anos, dá a cara pelo partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), sem receio das críticas que apontam a sua inexperiência como uma desvantagem.
As contas dos partidos
O PS parte para as eleições autárquicas com o objetivo máximo de repetir as vitórias alcançadas em 2013 e 2017, mantendo-se como partido maioritário nas câmaras e freguesias e sendo o mais votado a nível nacional. Os socialistas já avisaram que esperam ganhar ao PSD capitais de distrito como Viseu e Guarda. No distrito de Viseu, apostam na conquista de Mortágua.
Já o PSD, no distrito, faz contas e tem debaixo de olho alguns municípios onde está convencido que vai conseguir “roubar” a liderança socialista. São eles Vila Nova de Paiva, Moimenta da Beira e Lamego.
Mas nestas contas entra ainda um outro partido, o Nós Cidadãos! que volta a ter o mesmo candidato em Oliveira de Frades e que há quatro anos ganhou e agora quer fazer o mesmo em Vila Nova de Paiva.
Votação em plenário de eleitores
Viseu é o distrito onde há mais plenários de eleitores, com seis casos, quatro dos quais no concelho de Tabuaço.
Em Tabuaço, vota-se em plenário na União de Freguesias de Paradela e Granjinha, com 124 eleitores inscritos, e nas freguesias de Arcos (150 eleitores), Desejosa (134) e Granja do Tedo (140).
Ainda no distrito de Viseu, Castainço, em Penedono, tem 150 eleitores inscritos e Sarzedo, em Moimenta da Beira, 137.
Este plenário de cidadãos eleitores decorre nas 22 freguesias do país com 150 ou menos eleitores e é marcado para depois das autárquicas, que decorrem em 26 de setembro, pelo que nestas eleições os cidadãos destas localidades apenas votarão para as respetivas Câmaras Municipais e Assembleias Municipais.
A lei eleitoral estabelece que a Assembleia de Freguesia é substituída por um plenário dos cidadãos eleitores para eleger os três elementos que ficarão à frente da junta, votação que pode ocorrer de braço no ar.
Para que esta eleição por democracia direta seja válida é necessário que no plenário de eleitores participem pelo menos 10% dos cidadãos recenseados na freguesia.
De resto, o plenário de cidadãos eleitores “rege-se, com as necessárias adaptações, pelas regras estabelecidas para a assembleia de freguesia e respetiva mesa”, estabelece a lei.
As queixas
A Comissão Nacional de Eleições já recebeu pelo menos 577 queixas e 53 pedidos de parecer relacionados com as eleições autárquicas de 26 de setembro.
A maioria destas 630 queixas e pedidos de parecer visam os órgãos das autarquias locais (490), segundo o Relatório Síntese dos Processos (Queixas e Parecer) e Pedidos de Informação que a CNE divulgou e que tem informação atualizada até 05 de setembro.
Seguem-se o Facebook (visado em 28 processos), o PS (25), órgãos de comunicação social (22), entidades públicas (13), coligações de partidos (10), grupos de cidadãos eleitores (8), cidadãos (7), o PSD (7), o Chega (6), o Iniciativa Liberal (3) e a CDU, o Juntos Pelo Povo, o PTP, o BE e o CDS (1 processo cada).
A maioria das queixas e pedidos de parecer estão relacionados com publicidade institucional e com “neutralidade e imparcialidade”, sempre segundo a informação constante do relatório da CNE, que não fornece números concretos em relação a este ponto.
Mais de metade das queixas e pedidos de parecer à CNE surgiram de cidadãos (328 dos 630 processos).
Seguem-se o PS (60), coligações de partidos (43), órgãos das autarquias (39), o PSD (35), a CDU (31), o Chega (24), grupos de cidadãos eleitores (movimentos independentes, 19), o Bloco de Esquerda e o PPM (08 cada) e a entidade das contas (5).
Em relação a 57 destes processos, a deliberação da CNE foi um processo de contraordenação e em 54 casos emitiu um parecer ou fez um esclarecimento.
Ainda dentro das deliberações da CNE, há 39 recomendações/advertências, 19 casos enviados para “a entidade competente”, 18 “injunções”, 18 processos enviados para o Ministério Público e nove arquivamentos.
Segundo o relatório, há 415 processos pendentes.
*Ficha Técnica:
Estudo de Opinião efetuado pela Eurosondagem entre os dias 4 a 6 de de setembro de 2021 para o Jornal do Centro.
Entrevistas telefónicas, realizadas por entrevistadores selecionados e supervisionados para telemóveis e telefones da rede fixa. O Universo é a população com 18 anos ou mais, residente em Viseu. Foram efetuadas 1222 tentativas de entrevistas e, destas, 204 (16,6%) não aceitaram colaborar no Estudo de Opinião. Foram validadas 1018 entrevistas. O erro máximo da Amostra é de 3,05%, para um grau de probabilidade de 95,0%.
Um exemplar deste estudo de opinião está depositado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social.
O perfil do entrevistado foi o seguinte:
Sexo feminino – 513 entrevistas (50,4%)
Sexo Masculino – 505 (49,6%)
Faixa Etária
Dos 18 aos 30 anos – 185 (15,1%)
Dos 31 aos 59 anos – 497 (48%)
Mais de 60 anos – 336 (33,1%)
O responsável técnico da Eurosondagem
Rui Oliveira Costa