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Bancário do BES “saca” meio milhão a casal de ex-emigrantes de Sernancelhe

 Bancário do BES "saca" meio milhão a casal de ex-emigrantes de Sernancelhe
04.01.23
fotografia: Jornal do Centro
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 Bancário do BES "saca" meio milhão a casal de ex-emigrantes de Sernancelhe
18.02.25
Fotografia: Jornal do Centro
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 Bancário do BES "saca" meio milhão a casal de ex-emigrantes de Sernancelhe

Um casal de antigos emigrantes na Suíça, naturais de Sernancelhe, ficou sem 500 mil euros que tinha numa conta numa filial do BES, atual Novo Banco, na Suíça. O dinheiro foi desviado por um bancário. O caso acabou na justiça. O Tribunal da Relação diz que o banco tem que devolver o montante em causa.

O casal foi enganado pelo funcionário da agência bancária, que chegou a ocupar funções de gerente, há cerca de uma década, conta hoje o Jornal de Notícias. Segundo o diário, foi em 1996 que os depósitos começaram a ser feitos no banco, na maioria das vezes por intermédio do mesmo trabalhador.

O casal deixou a Suíça em 2006 e mesmo assim continuou a depositar os seus rendimentos na dependência bancária helvética. Terá entregue cerca de 481 mil euros.

Os antigos emigrantes só se aperceberam do desfalque em junho de 2013, quando o funcionário em causa deixou de atender o telefone. Ao pedirem o extrato da conta, a outro funcionário, constataram que o seu dinheiro tinha sido embolsado e não depositado, ao contrário do que aparecia nos extratos bancários e de receberem juros.

O BES numa primeira fase, ao ser confrontado com o sucedido, só quis devolver cerca de metade do valor, o que o casal recusou. O Banco Espírito Santo, entretanto, caiu, dando lugar ao Novo Banco, que recusou quaisquer responsabilidades.

O caso acabou na justiça. Em 2018, o Tribunal Civil de Lisboa deu razão à instituição bancária, mas o Supremo Tribunal de Justiça, em 2021, mandou o processo de novo para a primeira instância.

Em agosto de 2022, o Tribunal Civil de Lisboa teve uma decisão diferente, condenando o Novo Banco a indemnizar o casal de Sernancelhe em perto de meio milhão de euros. O banco recorreu e perdeu na Relação, tendo já decidido novo recurso para o Supremo, pelo que o pagamento da indemnização está pendente.

Os ex-emigrantes exigiam receber mais 25 mil euros pelos danos sofridos. O acórdão da Relação de Lisboa reconhece que desde o desfalque o homem e a mulher ficaram incomodados, arreliados e nervosos, tendo passado a ter insónias e perturbações do sono.

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