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Cumprem-se 100 anos do nascimento de José Saramago.
Com uma obra vasta e singular, de valor universal, Saramago contou o Humano de forma ímpar, conferindo uma dimensão mundial sem precedentes à literatura, à cultura e à língua portuguesas, estando hoje traduzido em 27 países. Obra onde o trágico convive com a esperança, o luminoso com o sombrio, e onde habita um olhar sensível e profundamente humano.
Saramago, cujo processo criativo se conecta intimamente com a sua condição de comunista, analisa as grandes questões da Humanidade e denuncia os males do mundo de forma crítica e dialéctica, preservando na sua obra a marca das suas gentes, da sua terra, da crua realidade do país onde nasceu. Saramago fez do seu chão bandeira, erguendo-a e levando-a pelo mundo. Sem renegar raízes de classe, antes fazendo delas ímpeto criativo, deu voz aos sentimentos e anseios dos esquecidos da História. Dos trabalhadores, dos explorados, dos que passam fome. A esse protagonista colectivo, Saramago dá a capacidade transformadora do mundo, confiança que partilha com o seu Partido de sempre e para sempre.
Saramago tomou partido ao lado do seu povo, na luta contra o fascismo e pela democracia de Abril. Defendeu a democracia nas suas mais variadas dimensões – económica, social e cultural – e enfrentou, com coragem, o poder político dominante. Saramago tomou Partido. E o seu Partido, hoje como sempre, prosseguirá o combate contra o domínio do grande capital, contra a imposição do pensamento único e contra as censuras disfarçadas, enfrentando chantagens e ameaças. Ao lado dos trabalhadores, do nosso povo e dos povos que lutam e resistem.
“Escritor universal, intelectual de Abril, militante comunista”, assim designou o PCP o programa que, por todo o país, e ao longo do último ano, assinalou o nascimento de Saramago, com um roteiro amplo e diversificado de iniciativas comemorativas. Também em Viseu teve lugar a projecção do filme “O Homem Duplicado”, com comentário e apresentação de Sérgio Dias Branco, numa iniciativa conjunta com o Cine Clube de Viseu. O programa de celebração do Centenário de José Saramago culmina, no dia 22 de Outubro, com a Conferência “Uma visão universal e progressista da História – a actualidade da obra de José Saramago”, em Lisboa.
* Referência às palavras de José Saramago na contracapa do livro “Levantado do Chão”: Do chão sabemos que se levantam as searas e as árvores, levantam-se os animais que correm os campos ou voam por cima deles, levantam-se os homens e as suas esperanças. Também do chão pode levantar-se um livro, como uma espiga de trigo ou uma flor brava. Ou uma ave. Ou uma bandeira.
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