Bombeiros da região de Viseu tocaram a sirene em solidariedade com Ucrânia

Todas as corporações de bombeiros da região de Viseu tocaram esta manhã de terça-feira (1 de março) a sirene em apoio aos soldados da paz da Ucrânia. O toque simbólico aconteceu às 11h00 e durou 30 segundos.

A iniciativa decorreu no Dia Internacional da Proteção Civil, em solidariedade com os operacionais do país que está em conflito com a Rússia há cerca de uma semana.

O comandante dos Bombeiros de Oliveira de Frades e dirigente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Fernando Farreca, diz que foi prestada “uma pequena homenagem aos bombeiros ucranianos que, nestas horas, têm andado a lutar e a socorrer pessoas nas mais difíceis condições de combate e a Liga resolver fazer esta homenagem”.

Fernando Farreca garante que os bombeiros estão solidários e a ajudar o povo ucraniano, após a invasão do país pela Rússia.

“Ainda ontem (segunda-feira), saiu do quartel dos Bombeiros de Óbidos trailers com alimentos, roupa e medicamentos para a fronteira da Polónia com a Ucrânia. E, nesta quinta-feira, vão sair quatro ambulâncias doadas pelos bombeiros de Portugal para os bombeiros da Ucrânia. Estamos a receber muitos equipamentos e materiais”, diz.

O comandante de Oliveira de Frades adianta também que a Liga dos Bombeiros irá lançar também uma campanha de recolha de materiais para ajudar os operacionais ucranianos, “Um Capacete para os Bombeiros da Ucrânia”.

“Vamos tentar que todas as corporações doem dois capacetes e bolsas de primeiros socorros para que os nossos companheiros na Ucrânia estejam protegidos e preparados para aquilo o que estão a passar”, conclui.

A Rússia lançou na passada quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev.

Segundo as Nações Unidas, há mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.