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Outubro é o mês de sensibilização para o cancro da mama e a 13 assinala-se o Dia Mundial do Cancro da Mama Metastático. ?Muito temos falado sobre o cancro da mama, sobre a necessidade da realização do diagnóstico precoce, isto é, em fase inicial do seu desenvolvimento, do benefício dos rastreios, do conhecimento de alguns fatores de risco para o desenvolvimento da doença e, assim, para os prevenir. Contudo em cerca de 10% dos casos ainda fazemos diagnósticos de cancro da mama em fase avançada. Porquê?
Vários condicionalismos conduzem a esta situação – o adiamento por parte das mulheres, o rastreio que ainda não abrange toda a população portuguesa, e, ultimamente, a pandemia foi também responsável pela diminuição acentuada dos diagnósticos oncológicos e consequente afastamento da população dos cuidados de saúde.
Quer a diminuição dos diagnósticos oncológicos quer o diagnóstico de cancros em fase cada vez mais avançada, vão refletir-se, num futuro muito próximo, na saúde da população e no sistema de saúde nacional.
Mas o que é o carcinoma avançado da mama ou metastático?
Consideramos estar perante uma doença metastática ou disseminada quando o tumor ultrapassou a mama e os gânglios regionais e atingiu qualquer o órgão do corpo, sendo que o mais comum localiza-se no osso, pulmão, fígado, pele e até o cérebro. Os sintomas vão depender desta localização e extensão, que também pode ser única ou múltipla.
Alguns casos de doença disseminada podem surgir em doentes que realizaram o seu diagnóstico numa fase precoce e fizeram o tratamento adequado para a sua situação, mas que anos mais tarde vêm a desenvolver doença à distância, por qualquer mecanismo que tenha sido resistente à terapêutica inicial.
Mas são tumores diferentes?
Não. O tumor da mama tem vários subtipos biológicos, quer sejam iniciais ou metastáticos, com características moleculares que os distinguem, e que são fundamentais identificar para adequar o tratamento.
Quando a metástase ou recorrência aparece após tratamentos, devemos fazer uma biópsia, ou seja, colher um bocado de tecido, para fazermos novo estudo histológico pois pode ter alterado as características do tumor inicial e deste modo o tratamento necessitar de ser diferente, e assim, personalizado.
Por outro lado, e dado que esta disseminação pode surgir muitos anos mais tarde, às vezes 20 a 30 anos depois, os conhecimentos da biologia tumoral eram mais reduzidos, desconhecendo-se alguns marcadores biológicos que, à luz dos conhecimentos atuais, dispõem de tratamento específico e por isso, bastante mais eficaz e mais personalizado.
Há esperança no tratamento?
O carcinoma avançado da mama, embora considerado incurável, tem uma sobrevivência de cerca de 25% aos 5 anos após o diagnóstico, com evolução positiva nas últimas décadas, face à evolução dos conhecimentos moleculares e do tipo de tratamentos.
O subtipo molecular, a extensão da doença, as características da própria doente e a avaliação ou não de tratamentos prévios e ao tempo decorrido desde a sua realização, são os principais fatores de escolha da terapêutica, mantendo-se o objectivo de personalização e deste modo, diminuição da toxicidade com aumento da eficácia.
Pretendemos acima de tudo prolongar a sobrevivência da doente, aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida, permitindo manter uma vida ativa. E as novas opções de tratamento permitem-nos, precisamente, perspetivar um futuro com mais esperança e com cada vez mais sobreviventes com cancro da mama metastático.
Helena Gervásio, Coordenadora de Oncologia no Hospital CUF Coimbra e Hospital CUF Viseu
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