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São já mais os estrangeiros a receber ajuda da Cáritas Diocesana de Viseu dos que os portugueses. Os pedidos de apoio à instituição estão a aumentar devido à crise e a comunidade estrangeira, sobretudo a brasileira, é a que está a sofrer mais.
Os dados foram adiantados esta terça-feira pelo presidente da Cáritas de Viseu, Felisberto Figueiredo, aos jornalistas no âmbito de um roteiro organizado pela Cáritas nacional.
O dirigente referiu que os pedidos tiveram “algum aumento agora com a crise da guerra na Ucrânia” e que os brasileiros que procuram a Cáritas cresceram num registo significativo, “tanto para pedir ajuda nos produtos alimentares como para a própria roupa e calçado para as quais sentem necessidade”.
“Há pessoas que vêm um bocado na esperança de que, na Europa, tudo vai correr bem. Vêm entusiasmados por alguns que já cá estão, mas que, entretanto, também perdem a condição de trabalhadores e ficam no desemprego. Depois, juntam-se todos e torna-se difícil para eles, que ficam em condições muito precárias e precisam realmente de apoio”, disse.
Com os vários pedidos de ajuda, a dispensa da Cáritas esvaziou. Depois da Cáritas e Banco Alimentar: Crise esvazia os armazéns, pedidos de ajuda não param de chegar, houve mais pessoas a dar comida, mas, ainda assim, o armazém precisa de mais alimentos. Felisberto Figueiredo revelou que a instituição pondera, à semelhança do que fez no início da pandemia, comprar alimentos para que ninguém fique sem apoio alimentar.
“A nossa dispensa recuperou algum nível de preenchimento nas prateleiras que estão vazias, mas provavelmente isso não nos vai dispensar de fazer a aquisição de bens. Vamos ver como vão evoluir os próximos dias, vamos ter reunião na próxima quinta-feira e vamos ver se há necessidade de fazermos aquisição como fizemos em tempos”, explicou.
Pedidos de ajuda também aumentaram no resto do país
Felisberto Figueiredo recebeu esta terça-feira a visita da presidente da Cáritas Portuguesa, Rita Valadas, que também confirmou um aumento do número de pedidos de ajuda a nível nacional.
“Temos sentido alguma pressão e ainda não está contabilizada porque ainda é tudo muito recente e, quando sabemos que vamos ter menos dinheiro no fim do mês, só começamos a alterar as compras no mês seguinte”, afirmou.
Rita Valadas referiu ainda que as famílias que pediram ajuda à Cáritas durante a pandemia não conseguiram recuperar da sua situação. “O endividamento, provavelmente, vai-nos trazer também algumas situações, mas ainda não temos sinais disso. Mas sabemos que há mais pessoas a virem ter connosco e há mais situações novas”, frisou.
Com o país atingido pelos incêndios, a Cáritas continua disponível para apoiar quem precisa, garantiu a presidente nacional, que referiu que as estruturas estão em constante articulação com a Proteção Civil e as autarquias em situações de emergência.
“A nossa ação é sobretudo ao nível dos territórios. A articulação é feita pelas dioceses junto dos municípios, conforme a situação de emergência que se precipitar e com as capacidades que cada Cáritas diocesana tem para oferecer, que podem ser muitas coisas desde espaços amplos que podem receber pessoas até outras”, explicou Rita Valadas.
Rita Valadas passou por Viseu, no âmbito de um roteiro que está a fazer por todas as Cáritas regionais.