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Carnaval em Orgens mantém a tradição dos carolos de milho viva 

Centro Social e Cultural de Orgens promove há dez anos encontros de comadres e compadres

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 Carnaval em Orgens mantém a tradição dos carolos de milho viva
27.02.25
fotografia: Jornal do Centro
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 Carnaval em Orgens mantém a tradição dos carolos de milho viva
27.02.25
Fotografia: Jornal do Centro
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 Carnaval em Orgens mantém a tradição dos carolos de milho viva

Na freguesia de Orgens, em Viseu, o Carnaval é um momento de reencontro com as tradições locais. Em noites separadas, comadres e compadres juntam-se para recordar costumes antigos e degustar os tradicionais carolos de milho. A iniciativa é organizada pelo Centro Social e Cultural de Orgens, realiza-se há uma década e reúne cada vez mais participantes.

Uma das cozinheiras do Centro Cultural de Orgens, Maria Pinto, explica que “as carolas são um prato confecionado na época da Quaresma, um bocadinho antes, na altura do Carnaval. Durante a Quaresma não se podia comer carne”. 

Manuela Amaral, também cozinheira, descreve o processo de preparação: “Isto é milho que é moído grosseiramente para depois se lavarem, arranjarem, para se fazerem com a carne de porco. O porco matava-se em novembro, ficava no sal e agora era cozido para fazer este prato”.

A tradição dos carolos de milho remonta a tempos antigos, como recorda Maria Pinto: “Como na terra onde eu moro havia muitos moinhos, faziam estes aproveitamentos, as carolas de milho para os animais, e coziam a famosa broa de milho que se usa aqui nesta zona. Por isso é que nasceu esta história das carolas. É daí que vem o aproveitamento dos milhos. Faz-se milhos doces e milhos salgados”.

Para além da gastronomia, há mais tradições associadas à data. “Já é uma tradição muito antiga. Nem todos os sítios o fazem, mas em alguns ainda se faz a brincadeira em que votavam nas comadres e nos compadres”, recorda Maria Pinto. “Afixavam os nomes das pessoas da aldeia na capela, e o próprio povo fazia essa brincadeira dos mais novos com os mais velhos”.

O presidente do Centro Social e Cultural de Orgens, Celestino Martins, destaca a evolução do evento: “Na freguesia, a tradição não tem anos. Como instituição, fazemos há 10 anos. Tem vindo a subir de ano para ano e este ano chegámos praticamente à lotação máxima da sala, que são 200 pessoas. Num dia temos 200 mulheres [comadres] e noutro temos 200 homens [compadres]”.

Na hora de servir os pratos, Manuela Amaral questiona com um sorriso: “Agora temos as nossas carolas prontas para se comerem e para serem servidas no Centro Cultural de Orgens. São servidas?”.

Os participantes não hesitam em responder: “Estão muito bons”, afirma uma senhora. Outra convida: “Venham provar os Carolos de Orgens. São os melhores”.

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