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A Câmara Municipal de Carregal do Sal emitiu esta segunda-feira, 12 de maio, um comunicado público no qual esclarece os contornos da sua eventual ligação à operação “Gambérria”, levada a cabo pela Polícia Judiciária (PJ), e que foi notícia de destaque na última semana.
A operação visou o desmantelamento de um grupo criminoso altamente organizado que facilitava a imigração ilegal em Portugal, através de esquemas fraudulentos de legalização de cidadãos estrangeiros.
Segundo a Polícia Judiciária, a investigação — iniciada em setembro de 2023 — resultou na detenção de 13 pessoas, entre as quais sete empresários, uma advogada e uma funcionária da Direção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas, do Ministério dos Negócios Estrangeiros. As autoridades realizaram 40 buscas em várias localidades, incluindo Coimbra, Espinho, Lisboa, Loures, Amadora, Odivelas e Carregal do Sal.
Na sequência da divulgação da operação e da menção ao concelho, a autarquia esclarece que “face a várias campanhas de desinformação”, decidiu pronunciar-se publicamente. “A Polícia Judiciária levou a cabo a designada Operação ‘Gambérria’ contra um grupo criminoso que se dedicava à legalização da imigração ilegal”, começa por referir a nota da Câmara Municipal.
O comunicado detalha que “a busca efetuada na Freguesia de Parada do Concelho de Carregal do Sal diz respeito a uma pessoa que vive e trabalha em Lisboa”, e explica ainda que “as buscas efetuadas em Parada devem-se ao facto de o(a) visado(a) possuir nesta localidade uma ou duas casas que terá herdado ou comprado”.
A Câmara frisa que “a investigação não envolve nenhuma Instituição do Concelho, trata-se apenas e, tão só, do envolvimento de um particular que apesar de ter nascido e possuir habitação na Freguesia de Parada, exerce atividade profissional fora do Concelho”.
A operação “Gambérria” teve como objetivo desarticular uma rede que, de acordo com as autoridades, obtinha “proventos financeiros na ordem dos milhões de euros” com a promessa de legalizar cidadãos estrangeiros mediante o pagamento de avultadas quantias.
Os serviços prestados incluíam contratos de trabalho, NIF, NISS, número de utente do SNS, registos criminais falsificados e outros documentos. Em vários casos, os imigrantes estavam, na realidade, noutros países da União Europeia, apesar de constarem como residentes e trabalhadores em Portugal.
A Polícia Judiciária apreendeu, no âmbito da operação, cerca de um milhão de euros em numerário, 11 viaturas, material informático, artigos de luxo, documentos falsificados, duas presas de elefante em marfim com 50 quilos, e seis imóveis. Foram ainda congeladas 35 contas bancárias, além de contas em plataformas digitais, incluindo criptoativos.
Por fim, a autarquia de Carregal do Sal manifestou “regozijo pelo trabalho desenvolvido pelas entidades competentes neste combate, e em particular, à PJ”, reiterando a sua confiança nas autoridades judiciais e policiais envolvidas na investigação.