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Cerca de 16 mil turistas já possuem o Passaporte Douro, um projeto criado pela comunidade intermunicipal para incentivar à descoberta de 76 pontos de interesse espalhados pelos 19 municípios e cuja procura se intensificou nesta Páscoa.
Lançado pela Comunidade Intermunicipal do Douro (CIM Douro) no verão de 2021, o passaporte guia os visitantes por toda a região, que inclui o norte do distrito de Viseu. A iniciativa quis impulsionar o turismo no Douro após a pandemia de Covid-19.
O presidente da CIM, Carlos Silva Santiago, disse que, até ao momento, foram levantados passaportes por cerca de 16 mil pessoas nas lojas interativas de turismo dos 19 municípios, salientando que a “expectativa tem sido superada”.
O objetivo de valorização do território através do turismo está, frisou, “está a ser alcançado”.
“Estamos convictos de que este fim de semana prolongado possa trazer um acréscimo de visitantes ao território, não só alguns que já têm o passaporte, mas também outros que vêm levantar o passaporte”, afirmou o também presidente da Câmara de Sernancelhe.
Segundo referiu, “está muita gente a carimbar o passaporte, depois de um período mais calmo de inverno”.
Na loja interativa de turismo de Vila Real, Cristina Jorge disse que tem sido muita a procura de turistas quer para levantar o Passaporte Douro, quer para o carimbar.
Ali estão colocados os carimbos referentes a dois pontos de interesse turístico deste concelho, o parque Corgo e a Sé de Vila Real.
Uma procura que disse que se intensificou nestes dias que antecedem o fim de semana prolongado de Páscoa. Esta manhã foram cerca de 30 as pessoas que foram a esta loja instalada no centro da cidade, uns à procura de informações e outros de carimbos.
Para além de portugueses, Cristina Jorge disse que têm ali aparecido também muitos espanhóis, franceses, alemães e holandeses.
Silva Santiago descreveu o Passaporte Douro como “um modelo bastante interessante de fazer rodar os turistas pela região do Douro” e exemplificou com o seu concelho, Sernancelhe, que também está a sentir um acréscimo de turistas e novas dinâmicas quer na hotelaria, quer também na restauração.
Neste guia cabe “todo o Douro”: a área classificada como Património Mundial pela UNESCO, os rios, as vinhas em socalco, os miradouros, os monumentos, os museus, as igrejas históricas, e tudo aliado à história, à gastronomia e à promoção dos produtos locais.
Toda uma região que, como o autarca lembrou, o escritor Miguel Torga descreveu como “um excesso da natureza”.
Para auxiliar os visitantes, está disponível uma aplicação que contém vídeos promocionais dos pontos de interesse indicados por cada município e, à passagem por cada um dos locais referenciados, os visitantes podem carimbar o passaporte.
O presidente da CIM disse que as 10 pessoas que já complementam o passaporte com os 76 carimbos vão, em breve, receber o certificado de excelência desta região e uma garrafa de vinho do Porto, oferecida pelo parceiro do projeto, o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP).
Depois de inicialmente dirigido ao mercado nacional, já que no ano passado as viagens internacionais estavam condicionadas por causa da pandemia, este ano o passaporte vai ser lançado em outros idiomas, como o espanhol, inglês e francês.
“Foi uma forma interessante de integrar este bonito território do Douro, foi uma forma muito interessante de conseguirmos num documento só valorizar toda a região da CIM Douro e foi também uma forma de conseguirmos trazer as pessoas a todo o território”, frisou Carlos Silva Santiago.
Da CIM Douro fazem parte os concelhos de Alijó, Armamar, Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Lamego, Mesão Frio, Moimenta da Beira, Murça, Penedono, Peso da Régua, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço, Tarouca, Torre de Moncorvo, Vila Nova de Foz Côa e Vila Real.