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O vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Pimenta Machado, admite que a situação da seca ainda é de “particular atenção” e que as entidades não se devem “iludir” com as chuvas de setembro.
“Não podemos baixar a guarda, a situação ainda é de particular preocupação. A chuva foi muito bem-vinda, ajudou a reter alguma água nos solos e a baixar os consumos, mas a verdade é que a recuperação das albufeiras é muito pouco significativa. Temos de estar muito atentos e vigilantes”, frisou Pimenta Machado que esteve presente, em Oliveira de Frades, na assinatura do protocolo para colaboração técnica e financeira para minimizar impacto da “seca severa” e que o governo está a assinar com várias autarquias.
O responsável da APA lembrou que o ano de 2022 é o segundo ano mais seco de sempre, desde que há registos, e que a tendência da redução da precipitação é de se manter. Por isso, o combate faz-se com mais eficiência no uso da água, sem prejuízo de se encontrarem outras alternativas.
“Não tenhamos dúvidas sobre o que o futuro nos reserva e que é mesmo menos água, aquilo que os medidores nos dizem é que temos uma média de 15 a 25 por cento na redução da precipitação. Dos 10 anos mais secos de sempre, seis foram depois do ano 2000 e isto significa que há uma alteração do clima, do regime de precipitação e que esta tendência é para continuar, temos de nos adaptar a esta nova realidade”, apelou.
E para Pimenta Machado o caminho é a eficiência. “Eu vi em zonas que estão com problemas de seca graves a lavar os caixotes de lixo com a água do abastecimento. É fundamental reutilizar as águas das ETAR para usos não potáveis. Com um tratamento adicional essas águas podem ser aproveitadas para usos não potáveis, como lavagem de caixotes de lixo, lavagem de ruas, rega de jardins”, sustentou.
Por outro lado, segundo o vice-presidente da APA, a eficiência passa também pela gestão. “Só se gere o que se mede” e, acrescentou, é preciso minimizar as perdas de água. “Perde-se nos canos rotos dos sistemas urbanos na ordem dos 30 por cento”, exemplificou.
“O caminho que temos de fazer em conjunto é sermos mais eficientes, usarmos melhor a água que temos, sem prejuízo de trabalhar em alternativas para darmos maior resiliência, disse, voltando a frisar que a seca é “um problema muito agudo”.
Pimenta Machado disse que há medidas que têm sido feitas e que indicam que “Portugal está no bom caminho” quando se trata de uma coisa tão importante como a água.
“Portugal no contexto europeu tem 99 por cento da agua segura na torneira e temos mais de 95 por cento do país coberto com infraestruturas de captação, tratamento e distribuição de água. Agora é preciso cuidar, melhorar e ampliar o que temos”, concluiu.