O Centro Hospitalar Tondela-Viseu (CHTV) vai ter mais 12 camas de cuidados intensivos até ao final do ano, segundo (7 de setembro). As obras já arrancaram, num investimento de mais de três milhões de euros.
O presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Tondela-Viseu, Nuno Duarte, reconheceu que há “cirurgias mais complexas” que chegam a ser adiadas porque “exigem que o doente, após a cirurgia permaneça numa unidade de cuidados intensivos e nós, por vezes, não temos essa capacidade o que faz com que também se aumente as listas de espera”.
Com a chegada da pandemia de Covid-19, detetou-se a necessidade de ampliar o Serviço de Medicina Intensiva, a nível nacional.
O presidente da administração disse ainda que a “ampliação e remodelação dos cuidados intensivos é um projeto extremamente importante para o hospital, não só para responder a estes surtos pandémicos como a Covid-19, mas também para assegurar a produção normal do hospital em termos cirúrgicos”, garantindo, assim, a realização de cirurgias mais complexas.
Novas camas que vão ser dotadas de pressão negativa, algo “que nos vai ajudar muito porque as camas que tínhamos anteriormente não dispunham de pressão negativa e, em termos de infeção, a existência de pressão negativa é extremamente importante”, acrescentou, esperando que, no final do ano, a obra já esteja concluída para benefício dos utentes.
PSD diz que ampliação dos intensivos é uma ‘jogada’ política
O presidente da concelhia do PSD de Viseu, João Paulo Gouveia, PSD acusa “aproveitamento político” no reforço dos cuidados intensivos do S. Teotónio, depois anunciar a ampliação da unidade dos cuidados intensivos. O também atual vice-presidente da Câmara de Viseu fala em “aproveitamento político”.
Em comunicado, João Paulo Gouveia, que também integra a lista liderada por Fernando Ruas para as autárquicas, referiu que, depois de, em novembro de 2020, “o Governo ter anunciado o reforço de 202 camas nos cuidados intensivos”, o presidente do conselho de administração do CHTV “vem anunciar, com pompa e circunstância, a criação de mais 12 camas naquela unidade, mas só no final do ano”.
“É um claro aproveitamento político. As condições deficitárias do hospital nesta matéria foram detetadas com a pandemia, já em 2020, e a resolução do problema já tinha sido prevista há meses”, acrescentou.
Questionado sobre as críticas do PSD, o presidente do conselho de administração do CHTV, Nuno Duarte, recusou comentar as palavras do social-democrata.
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