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Apesar da teoria da conspiração, onde se diz que Coimbra prejudicou o desenvolvimento de Viseu, ela aparece agora a dar-nos uma lição e cantar o fado – Coimbra é uma lição…Só passa quem souber! O que aconteceu?
A primeira lição foi a forma em como partidos e sociedade civil se organizaram para assumir a governação desse concelho, mostrando que a dominação exclusiva de um partido pode ser contrariada. Depois um presidente que só quer dois mandatos, o suficiente para deixar obra. Isto é, não quer poder, veio para fazer.
A segunda lição acontece na atribuição dos pelouros aos vereadores. Apesar de maioritário distribui pelouros á oposição. Quer os melhores e que pensem diferente. Mais uma vez a cidade como horizonte e prioridade. O presidente terá só a Cultura, porque é sobre ela que quer construir o seu edifício. Cultura de servir o cidadão, a começar na câmara!
A terceira tem a ver com estratégia e ação! Começar a trabalhar com todos os serviços, com todas as pessoas, para se reorganizarem e serem um modelo de funcionamento. Realizar auditorias para saber de onde se parte e mudar o que for preciso. Como se sabe, este é um ponto fraco em praticamente todas as câmaras e o estrangulamento de muitas atividades da sociedade. Ele exemplifica tudo! Sobre a gestão das pessoas, outro ponto fraco das câmaras, também aí é claro! Essas disfuncionalidades não são da responsabilidade das pessoas, mas de uma gestão política e partidarizada incompetente!
A quarta é que não fala da moda da Cidade Inteligente, quer primeiro uma Câmara Inteligente, que sirva uma cidade exigente. Preparar o cérebro para que responda ao funcionamento de um corpo são e não criar um mandarim. Quer que tudo tenha uma lógica, rapidez e transparência. Diz que as ineficácias da câmara estão a asfixiar a criatividade e a atividade de todo o concelho, em particular da cidade. A câmara tornou-se um fator de complicação e não o facilitador de uma cidade da criação e conhecimento. Pior…No património feriu o coração da cidade, um golpe que a deixou doente. Por isso, Coimbra precisava de um médico!
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Margarida Benedita
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