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Pedro Baila Antunes
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José Junqueiro
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Alfredo Simões
No dia 1 de junho comemorou-se o Dia Mundial da Criança. Esta efeméride assinalou-se pela primeira vez em 1950, por iniciativa das Nações Unidas após o fim da II Guerra Mundial, sensibilizando a comunidade internacional para os problemas que atingiam tantas crianças no mundo e para a necessidade de promover uma melhoria das condições de vida, tendo em vista o seu pleno desenvolvimento.
A 20 de novembro de 1959 é aprovada a pela Assembleia Geral das Nações Unidas, a Declaração dos Direitos da Criança, que estabelece os direitos e liberdades atribuídos às crianças, com o objetivo de lhes proporcionar bem-estar e uma infância feliz e segura. Esta Declaração diz-nos que:
• Todas as crianças têm o direito à vida e à liberdade.
• Todas as crianças devem ser protegidas da violência doméstica.
• Todas as crianças são iguais e têm os mesmos direitos, não importa a sua cor, sexo, religião, origem social ou nacionalidade.
• Todas as crianças devem ser protegidas pela família e pela sociedade.
• Todas as crianças têm direito a um nome e nacionalidade.
• Todas as crianças têm direito a alimentação e ao atendimento médico.
• As crianças portadoras de dificuldades especiais, físicas ou mentais, têm o direito a educação e cuidados especiais.
• Todas as crianças têm direito ao amor e à compreensão dos pais e da sociedade.
• Todas as crianças têm direito à educação.
• Todas as crianças têm direito de não serem violentadas verbalmente ou serem agredidas pela sociedade.
Assim sendo, e de forma a proporcionar às nossas crianças um desenvolvimento saudável, a conjugação destes três fatores é fundamental: alimentação equilibrada e variada, boa higiene do sono e brincar, brincar, brincar…
Começando pela alimentação, todos sabemos que é um dos determinantes mais importantes da nossa saúde, e nos primeiros anos de vida tem uma importância ainda maior. Porque é neste período que se moldam os gostos e preferências alimentares e nós (pais/encarregados de educação) somos os modelos que as crianças tendem a imitar. Seguem-se algumas sugestões para uma alimentação saudável das crianças:
• Comer todos os dias fruta e hortícolas;
• Beber mais água e menos bebidas açucaradas;
• Evitar o “lixo alimentar”, em particular os snacks hipercalóricos, ricos em sal, açúcar e gordura;
• Leite e derivados todos os dias, mas na dose certa;
• Fazer uma alimentação completa, variada e equilibrada, seguindo os princípios da Roda dos Alimentos.
A evidência científica mostra-nos que o envolvimento das crianças no processo de produção e confeção dos alimentos é um fator chave para a aquisição de conhecimentos, para a sensibilização sobre a importância de uma alimentação saudável e para a mudança de comportamentos alimentares.
Relativamente à higiene do sono (conjunto de hábitos e rituais que permitem facilitar o início e a continuidade do sono) adaptadas a cada grupo etário. A consistência e a regularidade no cumprimento destas regras oferecem uma maior sensação de segurança à criança e ao jovem.
O sono é importante no restabelecimento de vários sistemas do organismo, na recuperação de energia, na capacidade de nos defendermos das infeções e, na criança, assume ainda um papel acrescido no desenvolvimento do sistema nervoso central (e em particular no desenvolvimento cognitivo) e no assegurar de várias funções hormonais, como por exemplo na produção da hormona de crescimento.
O sono tem vários ciclos e a transição entre eles passa por um leve despertar. Nas crianças pequenas estes ciclos são mais curtos e como o tempo de sono é maior, estes despertares podem ser numerosos. À medida que a criança vai crescendo os períodos de sono vão-se consolidando, o sono da noite vai-se tornando contínuo e as sestas do dia vão-se reduzindo. Importante é que a criança durma diariamente a quantidade de horas adequada à sua idade.
Para um adormecer tranquilo, a Associação Portuguesa do Sono recomenda:
• É muito importante ter tempo de convívio com os pais no fim do dia e manter uma rotina previsível na hora de deitar;
• A criança deve ser deitada sonolenta, mas ainda acordada, para aprender a adormecer sem a presença dos pais (ganha autonomia e consegue adormecer sozinha durante a noite);
• Os contactos a meio da noite devem ser breves e monótonos, mantendo a criança na sua cama;
• Os objetos de transição (boneco, manta) podem ser úteis para crianças pequenas que não se sentem seguras sem a presença dos pais;
• Fazer sestas adaptadas à idade/ desenvolvimento da criança, evitando sestas muito prolongadas, frequentes ou muito tardias (exceto nas crianças muito pequenas);
• É importante manter a regularidade na hora de deitar e levantar;
• O quarto deve ter temperatura amena, sem televisão ou outros ecrãs, a luz azul dos dispositivos como smartphones confunde o organismo e inibe a produção de melatonina, essencial para um sono de qualidade.
Vários estudos referem que, cerca de 30% das crianças têm algum problema de sono e relacionaram noites mal dormidas com piores resultados escolares.
Por último, mas não menos importante, brincar!
Brincar é das atividades mais sérias desenvolvidas pelas crianças, tão fundamental como o direito à saúde, à educação ou à segurança. É um motor do desenvolvimento da criança, nos seus aspetos físico, sensorial, cognitivo, criativo, e sobretudo emocional, segundo a Sociedade Portuguesa de Pediatra.
Brincar dá à criança a primeira oportunidade para se exprimir de forma simbólica e é uma base essencial do seu pensamento. É pelas brincadeiras que exprimem as emoções como a tristeza, a raiva, o medo e a angústia.
Os benefícios de brincar verificam-se tanto a nível emocional como cognitivo. Daí a importância de brincar, na vida dos mais pequenos. Os pais devem também participar nas brincadeiras dos filhos, pois, a ligação afetiva entre eles aumenta, assim como, a criança aumenta o seu interesse e motivação, enquanto desenvolve várias capacidades. Vantagens de brincar:
• Fortalece o sistema imunitário;
• Estimula a criatividade, imaginação, atenção e desenvolve o raciocínio;
• Promove a interação social;
• Ensina a negociar e a incorporar regras;
• Permite um melhor autoconhecimento;
• Melhora a saúde mental e ensina a lidar com a frustração;
• Aumenta a capacidade de trabalhar em equipa.
Brincar dá ferramentas de aprendizagem, autonomia, liberdade e satisfação, que permitem uma vida em sociedade mais equilibrada, mais feliz e mais humana.
Uma Criança feliz vai ser um adulto capaz de construir um mundo melhor!
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Pedro Baila Antunes
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José Junqueiro
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Alfredo Simões
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Clara Gomes - pediatra no Hospital CUF Viseu
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Pedro Escada