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Debater as consequências do encerramento ao trânsito da Avenida Alberto Sampaio, em Viseu, foi o grande objetivo de uma reunião que decorreu na passada segunda-feira (23 de maio), na Associação Comercial do Distrito de Viseu.
No encontro estiveram presentes moradores, empresários e alguns representantes de partidos políticos, nomeadamente o Partido Socialista que acabou por levar o tema a reunião de executivo, na última quinta-feira.
Pela voz do vereador Miguel Pipa, os socialistas apontaram o dedo à decisão da autarquia em pedonalizar a rua, sustentando que “as iniciativas devem ser pensadas com as pessoas, desenhadas e implementadas” e que o presidente da autarquia, Fernando Ruas, “lançou e provocou um caos de ansiedade sem primeiro avaliar e diagnosticar”.
Miguel Pipa usou da palavra para deixar algumas conclusões que saíram do encontro, garantindo que é necessário um estudo para “perceber o comportamento e opinião de pessoas”, a fim de “prever os impactos e implicações”, e que tomar decisões sem isso é “uma verdadeira inconsciência” que “vai condenar a atividade económica”.
“Na opinião de todas entidades, partidos políticos presentes e empresários, o lançamento desta ideia sem base de estudo é uma verdadeira inconsciência, pois o comércio, com a pandemia, foi fortemente afetado e fustigado. Com esta intervenção e estratégia, provavelmente estaremos a condenar a atividade económica desta rua para uma sentença de verdadeiro caos, com consequências irrecuperáveis e não previsíveis”, disse.
O vereador da oposição frisou que “nenhum empresário presente concordou com a ideia [da autarquia], muito menos com a forma” e que “nada disto foi referenciado em campanha eleitoral”.
Miguel Pipa terminou a intervenção a pedir explicações a Fernando Ruas que começou por dizer que sempre referiu na campanha eleitoral que uma das preocupações era pedonalizar o mais possível a cidade.
“Pedonalizar a cidade é para mim uma questão de honra e, naturalmente, que o farei com os viseenses”, disse, explicando ainda qual a intervenção que se pretende fazer.
“Um troço da Avenida merece ser pedonalizado ou aumentar a pedonalização. Até já foi dito que o estamos a fazer de forma progressiva, deixando uma via. A intenção era que metade da rua fosse pedonal, mas já dissemos que vamos ensaiar com um único sentido [ao trânsito], aumentando os passeis”, sustentou.
Fernando Ruas garantiu que “não vale a pena entrar em dramas”, já que a autarquia está a fazer tudo “com cuidado”. O autarca disse ainda que as decisões que toma são em prol dos cidadãos e que não faz “nenhum frete sectorial”.
“Governo para os cidadãos, os comerciantes são uma parte dos cidadãos. Não faço nenhum frete sectorial, primeiro é para os cidadãos e se eu entender que eles querem a rua pedonalizada vamos pedonalizar”, destacou.
O presidente da autarquia explicou ainda a ausência na reunião, dizendo que a Associação Comercial sabia que não estariam presentes por compromissos já assumidos, mas que mesmo assim decidiu avançar com o encontro.
Rua do Comércio também é para fechar ao trânsito
Durante a intervenção, Fernando Ruas disse que a Rua do Comércio também será para fechar ao trânsito e que só ainda não aconteceu por causa das obras que estão a decorrer no Mercado 2 de Maio.
“Também já dissemos que temos a intenção de pedonalizar a Rua do Comércio, só não avançámos por haver trânsito neste momento, [de veículos] pesados, decorrente das obras do mercado. Trataremos isso posteriormente”, garantiu o autarca que aproveitou para lembrar que também foi por sua decisão que a Rua da Paz e a Rua Formosa se tornaram pedonais.
João Azevedo diz que decisão é “uma ação de achismo”
No final da reunião de executivo, João Azevedo, vereador do PS, também falou no tema aos jornalistas, sublinhando que decisão de tornar a avenida pedonal é “uma ação de achismo”.
“Se tivermos a tentação de fazer uma ação do achismo, vamos fechar só porque acho que é, a teoria do achismo, é pôr em causa os comerciantes e os cidadãos”, disse, reforçando que “estas decisões têm que ser reforças com estudos”.
“Tomar uma decisão sem um estudo bem preparado, um projeto definido e comunicar de forma clara quais as formas de ter mais atratividade de negócio, ter mais gente. Porque
“É necessário que seja feito esse estudo de forma rigorosa para que os comerciantes percebam se esse encerramento dessas duas ruas pode ser melhor para o futuro do comércio, das pessoas e da cidade”, frisou.