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Pedro Escada
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Começou esta quarta-feira (4 de setembro) no Instituto Politécnico de Viseu (IPV) o décimo Congresso Internacional de Agroecologia, Agroecologias do Mundo: unidas para enfrentar as crises globais.
Quase 400 participantes estão na iniciativa que acontece pela primeira vez em Portugal e que junta especialistas dos setores social, agrícola, técnico, científico, académico e político, além de movimentos sociais e muitos outros interessados na área da agroecologia.
O congresso foi alargado a participantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), por terem “um trabalho muito relevante e reconhecido em agroecologia”, refere o IPV. Também inclui várias apresentações de trabalhos científicos e relatos de experiências, além da visualização de documentários na Escola Profissional Mariana Seixas e intervenções artísticas na Casa do Miradouro esta quarta-feira.
Na quinta-feira (dia 5), no Solar do Vinho do Dão, o grupo de canto polifónico Vozes de Manhouce promete “enriquecer a partilha de experiências” e, na sexta-feira (dia 6), dia de encerramento do congresso, depois de terminados os trabalhos, as pessoas vão fazer visitas de campo nos concelhos de Castro Daire, Moimenta da Beira, Nelas, Oliveira de Frades e São Pedro do Sul.
Também será feito o balanço do projeto da rede nacional de agroecologia iniciada em abril do ano passado em Torres Vedras e que visou unir os esforços de agricultores, técnicos, jornalistas, academia e consumidores.
A conferência aposta no debate sobre a transição para sistemas sustentáveis e na partilha de experiências, promovendo a discussão e o consenso sobre os princípios fundamentais das agroecologias ao redor do mundo.
Entre os temas que serão abordados estão as práticas e políticas públicas agroecológicas, mudança climática, pobreza económica, novas relações sociais equitativas e identitárias a nível de género, etnia, geração e cultura, o papel dos movimentos sociais na promoção da agroecologia e da emancipação coletiva e o impacto do isolamento geográfico na globalidade alimentar.
Os objetivos da organização são os de contribuir para a consolidação e partilha de conhecimentos, procurar estratégias que abordem as mudanças climáticas, a pobreza e a desigualdade socioeconómica, destacar as práticas agroecológicas e dar visibilidade às agroecologias espalhadas pelo mundo.