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Conhecer a si mesmo

 Conhecer a si mesmo
27.06.22
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 Conhecer a si mesmo

No primeiro artigo deixámos algumas questões para motivar o pensamento estratégico das vossas próprias marcas.

Fica como exercício para «trabalhos de casa» e estimular-lhe alguns minutos de pensamento:

Conhece o seu produto? Qual o factor de diferenciação da sua marca, produto, serviço, para os seus concorrentes? Se chegou a uma diferenciação clara, é ela motivo agregador da estratégia da sua empresa, a todos os níveis?

Quando falamos do nosso produto, falamos da nossa dedicação a ter um bom produto. Quantos de nós compraríamos a nós mesmos o produto que vendemos?

Em princípio, a resposta deve ser sim, «compraria», e sim, «é um bom produto».

Eu entendo que o que proponho aos meus clientes é um bom produto. Entendo que é um produto, no fundo o desenvolver disto que aqui converso convosco, um produto que visa o esclarecimento, a clareza, a clarividência, na estruturação de uma marca, produto, pessoa, bem ou serviço, e com isso promover um alinhamento entre o que é o produto, o que é quem o desenvolve, quem o comercializa, quem o compra, e sobretudo, a forma como compra.

Se calhar os meus amigos e colegas designers vão ficar chateados comigo ao dizer isto, não é por causa de um logótipo que uma marca vende mais. Venderá mais porque, ao olharmos para o logótipo, estamos a correlacionar com o que entendemos da marca, toda a sensação que ela nos causa, e que é diferente de pessoa para pessoa (duas pessoas distintas olham para Coca-Cola e vêem a marca de maneira diferente, onde tudo conflui para a imagem que construímos da marca, comunicação, interacção, experiência, etc.), e ao vermos o logótipo dessa marca é toda essa experiência que nos assalta o âmago, e é com essas sensações que agimos.

Por muito que achemos que agimos racionalmente nas nossas relações comerciais, está mais que provado que não. E não é pelo logótipo mais bonito ou mais feio, mais actual ou mais antigo, que vamos vender mais. Não me interpretem mal, um logótipo deve estar, como o resto, alinhado com o que é a empresa. Por exemplo, um advogado não terá um logótipo em Comic Sans, porque provavelmente quererá transmitir seriedade no que faz, e Comic Sans é para usar em banda desenhada, tem uma característica mais divertida, e provavelmente está desalinhado com o que a empresa ou marca é.

Por isso, um logótipo deve estar alinhado, seja na tipografia, seja nas cores, nas formas, com os valores que a empresa, os funcionários, os patrões, os clientes, os fornecedores têm. Aqui, a forma de estar, tem que estar alinhada também, conjugando, interpretando, demonstrando, que quer produto, quer intervenientes da marca, apresentam a mesma coisa.

Compraríamos o nosso produto? Vendemos apenas e só porque queremos realizar dinheiro, ou porque há uma missão séria de transformação? É um produto, uma forma de estar na comercialização desse produto, que é verdadeiramente transformadora? É um café onde apresenta cultura porque realmente quer apresentar cultura ou uma churrascaria que quer mesmo ser a melhor? É um teatro que tem peças de humor para adultos porque é esse produto que quer ter, fazer, produzir? Ou são apenas «forças da vida» que levam a que tenha que vender o que há para vender, seja o que for, como for, porque interessa é o dinheiro?

Se o nosso produto for efectivamente bom, sem enganar o cliente, com dignidade, de certeza que vamos encontrar público para esse mesmo produto, alinhado com a nossa forma de estar.

Para finalizar deixo um ou dois exemplos, a maior parte das pessoas está convencida, também fruto da nossa sociedade e da mentalidade que se estabeleceu, que é através do preço baixo, mais baixo, que se vai vender mais. E com isto levar-se-á a uma guerra de preços. Mas com uma guerra de preços, além de não se conseguir fidelizar clientes porque se só nos compram pelo preço, ao aparecer alguém a vender igual mais barato irão para lá, e, se na guerra dos preços baixos todos perdem, que será do que fica em segundo lugar, porque o que vende mais barato vende, efectivamente, nada ganhando, mas o que vende em segundo lugar mais barato, na prática, nem vende, e perde porque nem o melhor preço conseguiu dar. Ou seja, a solução não está em vender mais barato, nem em vender mais caro, mas sim em providenciar valor que nos diferencie.

Por isso é que se me pedirem 2 euros por uma Coca-Cola de 0,33L no supermercado não compro, porque acho caro, se me pedirem 2 euros por uma Coca-Cola de 0,33L numa discoteca acho barato. Nós, olhamos para o produto e construímos a narrativa na nossa mente do valor que ele nos traz. É a mesma Coca-Cola, muda o local, muda o que trazemos dessa experiência.

Consegue vender um produto que é diferente, realmente diferente, que tem um factor diferenciador, dos seus concorrentes, ou procura ser igual a eles, apenas diferenciando no preço?

Para pensarmos na próxima edição desta coluna e ficar como «trabalhos de casa», «se já conhece o seu produto, conhece a quem ele se destina?» «Consegue segmentar o seu público de forma a não perder tempo com as pessoas a quem não interessa o seu produto e investir o seu tempo, esforço, dinheiro, nos que realmente são os interessados no que tem para vender?» «Para quem vende?»

Márcio Guerra, Brand Strategist, BBBrands

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