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Cooperativa de Penedono exporta cerca de 90 por cento da castanha Martaínha dos Soutos da Lapa

Cooperativa Agrícola de Penela da Beira diz que a castanha está com a melhor qualidade dos últimos 10 anos

 Cooperativa de Penedono exporta cerca de 90 por cento da castanha Martaínha dos Soutos da Lapa
25.10.24
Jornal do Centro
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 Cooperativa de Penedono exporta cerca de 90 por cento da castanha Martaínha dos Soutos da Lapa
07.12.24
 Cooperativa de Penedono exporta cerca de 90 por cento da castanha Martaínha dos Soutos da Lapa

O presidente da Cooperativa Agrícola de Penela da Beira revelou esta sexta-feira (25 de outubro) que a entidade exporta 90 por cento da castanha variedade Martaínha dos Soutos da Lapa, que, este ano, está com a melhor qualidade dos últimos 10 anos.

“Desde segunda-feira (dia 21) que a campanha está a ficar mais forte, já recebemos várias encomendas e já seguiram vários camiões de castanha, o que me leva a acreditar que este ano deve ser bom”, disse Aires António Macieira à agência Lusa.

A Cooperativa Agrícola de Penela da Beira, com sede em Penedono, tem cerca de 1.000 associados produtores de frutos de casca dura, com destaque para a castanha dos Soutos da Lapa, na variedade Martaínha.

“Nós aqui exportamos 90% da castanha. Vai toda para o mercado internacional, para países como Itália, Suíça, Alemanha e Estados Unidos da América, porque é uma castanha muito cara e nós temos de ser realistas: é muito difícil valorizar a nossa castanha Martaínha no mercado nacional”, apontou.

A variedade Martaínha é uma castanha “de excelência, é da melhor a vários níveis, desde a doçura ao descascar”, o que “ajuda no mercado exterior, que valoriza muito a castanha e, desta forma, o produtor acaba por ganhar mais” com a venda.

A Martaínha chega à Cooperativa Agrícola de Penela da Beira maioritariamente oriunda de Penedono e Sernancelhe, mas também de outros concelhos da região de denominação de origem protegida (DOP) dos Soutos da Lapa.

“Estamos no início da época, mas acho que já posso dizer que, este ano, ao nível da qualidade, a castanha está com muito boa qualidade. Atrevo-me a dizer que, destes os últimos 10 anos, é o ano de melhor qualidade”, assumiu Aires António Macieira.

Até ver, disse, “a castanha está também com uma calibragem maior, o que também é bom, mas parece haver em menor quantidade, mas ainda é uma incógnita, porque também vai depender do tempo nos próximos dias”. “O ideal era haver mais humidade”, acrescentou o presidente da cooperativa.

Uma das causas para haver menos quantidade, afirmou Aires António Macieira, foi o mau tempo, com ventos fortes de há duas semanas que “partiram algumas pernadas de castanheiros que estavam carregadinhos de ouriços, mas que ainda não estavam formados”.

A Bandarra – Cooperativa Agrícola do Concelho de Trancoso é a detentora da denominação de origem da Castanha dos Soutos da Lapa, cuja área de produção abrange 10 concelhos dos distritos de Viseu e da Guarda: Armamar, Lamego, Moimenta da Beira, Penedono, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço, Tarouca, Aguiar da Beira e Trancoso,.

O presidente da Bandarra, Fernando Cabral, corroborou com a opinião de Aires António Macieira, no que diz respeito à qualidade da castanha, embora aponte para “um calibre ligeiramente inferior” que deixa o fruto no mercado nacional.

Ou seja, esclareceu, “quando o calibre é bom, regra geral encaminham para a cooperativa de Penela” da Beira, “quando é mais pequena, acabam por vender no mercado que já têm mais ou menos como seguro na região e no país”.

“São compradores que sabem que, apesar do tamanho, a castanha é muito boa e é dos Soutos da Lapa, apesar de não ter o selo de certificação, porque isso só vai encarecer o fruto para o consumidor e, consequentemente, é mau para o produtor”, apontou Fernando Cabral.

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