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De aldeia em aldeia, Os Burricos levam música, festa e bailaricos a um Portugal mais rural

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 De aldeia em aldeia, Os Burricos levam música, festa e bailaricos a um Portugal mais rural - Jornal do Centro
09.06.24
fotografia: Jornal do Centro
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 De aldeia em aldeia, Os Burricos levam música, festa e bailaricos a um Portugal mais rural - Jornal do Centro
09.06.24
Fotografia: Jornal do Centro
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 De aldeia em aldeia, Os Burricos levam música, festa e bailaricos a um Portugal mais rural - Jornal do Centro

Se Maomé não vai à montanha, então a montanha vai até Maomé. De igual modo, um grupo de jovens músicos levou este ditado à letra e decidiu levar a música e a festa até casa daqueles que vivem em freguesas rurais, tanto no Norte como no Centro do país.

No distrito de Viseu, o grupo d’Os Burricos já marcou presença em freguesias de municípios como Vila Nova de Paiva e São Pedro do Sul. Munidos de gaitas de foles, bombos e clarinetes, Os Burricos percorrem as aldeias de Portugal, levando à população mais idosa e isolada um reportório composto por música tradicional portuguesa, muitas vezes com um cunho mais pessoal e através de instrumentos pouco comuns.

Criado em 2017, o grupo, composto por vários amigos da zona do Porto com interesse na cultura tradicional portuguesa, decidiu que tinha de fazer algo relacionado com a música portuguesa e com a música mirandesa em específico. O próprio nome do grupo tem origem na cultura mirandesa. “Em Miranda do Douro as pessoas nunca dizem o pequenino ou um bocadinho. Elas dizem com um ‘ico’. Daí que é um burrico e não um burrinho. Numa palavra, nós acabámos por relacionar a nossa origem, tanto nos burros mirandeses, que todos nós gostamos, como na cultura mirandesa”, explicou Daniel Almeida, um dos elementos da banda. O interesse na cultura mirandesa surgiu uma vez que uma das colegas de Daniel Almeida é de Miranda do Douro.

“Nós somos todos da zona do Porto e foi também nesta zona do Porto que nos encontrámos, embora tenhamos uma costela de vários sítios. Já andámos todos espalhados por aí”, afirmou o músico. “Eu próprio estive a morar quatro anos numa aldeia em Trás-os-Montes, mas, entretanto, já regressei outra vez. Um dos músicos neste momento está em Lamego, pelo que acabamos por estar um pouco espalhados”, disse ainda.

O grupo começou a sua atividade com atuações em palco, enquanto banda de música tradicional portuguesa. A ideia de levar a música até às aldeias surgiu apenas durante a pandemia, fruto de um concurso lançado pela EDP intitulado “Let’s go local”. “Na altura da pandemia, estavam a pedir formas de dar música e cultura Às pessoas em tempo de pandemia. Foi aí que tivemos esta ideia inicial de percorrer as aldeias e de levar a música à casa das pessoas”, explicou Daniel Almeida. A iniciativa surgiu em 2021, mas apenas dois anos depois Os Burricos voltariam a pegar na ideia. Desde então, o grupo tem realizado um trabalho de “captação de municípios”.

“Lembro-me de uma pessoa que disse que nunca durante os 23 anos em que estava na aldeia tinha visto uma festa tão bonita”, contou Daniel. Outro dos ouvintes da banda agradeceu ao grupo pela atuação, até porque, nas suas palavras, “são cinco músicos, mas fazem mais festa do que muita gente, não compreendo como é que conseguem fazer tanto com tão pouco”.

Os Burricos tornaram-se, ao longo do tempo, mas num coletivo do que numa banda, uma vez que a sua composição depende sempre da disponibilidade dos elementos. Duas gaitas de foles mirandesas, caixa, bombo, trombone, clarinete, flautim e bombardino são alguns dos instrumentos que dão vida às festas de aldeia organizadas por este grupo. De um reportório com cerca de 30 músicas, a escolha da lista de músicas a tocar é sempre feita no momento e consoante os desejos das pessoas, “quase como um DJ”.

Em procissão pela aldeia, porta a porta, ou sediados no largo principal do local, são várias as maneiras que o grupo arranjou para levar a festa até casa das pessoas. Na maioria das vezes, Os Burricos encontram sempre “casos de pessoas que estão mais debilitadas fisicamente e que têm dificuldade em sair de casa”. O objetivo principal para a banda é chegar precisamente a essas pessoas, razão pela qual costuma ser preparado inicialmente um roteiro pela aldeia a visitar. “Mas muitas vezes chegados ao local, as pessoas juntam-se todas num local e atuamos. Já tivemos casos desses a resultar extremamente bem. Casos de pessoas a juntarem-se e a percorrermos a aldeia com as pessoas todas atrás de nós numa festa em andamento”, disse.

Já em relação aos costumes de cada uma das regiões do país, Daniel Almeida assume que é sempre diferente atuar em freguesias do Norte do país ou da região Centro. “É muito interessante, porque essa diferença de facto existe”, começou por dizer o músico. “Por exemplo, eu não tinha noção do quanto as pessoas da zona Centro onde fomos até agora são extremamente generosas e festivas. Ao receberem o grupo querem dar tudo, pedir para entrar em casa, para comer, para bebermos. São muito generosas neste sentido e ao mesmo tempo são muito festivas. Sabem festejar, o que também é muito importante. Desconhecia esta faceta da zona Centro”, assumiu.

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