Feira-9
Matias Damásio em interação com os convidados
461486079_8677568135636781_904655089640067440_n
261121083019a9f55af575cc44675655afd52fd8ee0b7e8852f2
221221102816ea5e4a48ad2623f3eea1d59d63cf34ae78d05d1d
140122144234ddd8df4b510d3e43d02babb42d9dd1f2fb699a5c

Com a chegada do outono, é altura de saborear os ingredientes da…

05.10.24

A Comunidade Intermunicipal do Oeste deu as boas vindas ao ‘Post Tour…

04.10.24

A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…

01.10.24

por
Joaquim Alexandre Rodrigues

 Líbano, um Estado ausente

por
Jorge Marques

 O Orçamento como Narrativa!

por
Helena Barbosa

 “Nunca mais?”
auchan viseu facebook
Uber Eats_01-min
Novo Peugeot E-3008_R6JG2754
Home » Notícias » Colunistas » “Desmistificar o Autismo – um passo para a real inclusão”

“Desmistificar o Autismo – um passo para a real inclusão”

 “Desmistificar o Autismo - um passo para a real inclusão”
12.04.22
partilhar
 “Desmistificar o Autismo - um passo para a real inclusão”

Constata-se que a sociedade conhece ou pensa conhecer o significado da palavra autismo. Habitualmente, perante a sociedade, há uma perceção errada das crianças com autismo: a de serem crianças mal-educadas e/ou com deficiência intelectual. Assim sendo, é de extrema relevância ampliar o conceito que a população em geral tem do autismo.
É importante desmistificar que, embora seja uma perturbação incluída no grupo de doenças do desenvolvimento cerebral, o autismo não surge como uma doença, mas sim como uma caraterística e não se pode afirmar que seja uma deficiência. Não há terapêutica ou terapia que modifique essa condição e a mesma não tem cura!

Aquando do nascimento de uma criança com autismo, a constituição familiar sofre inúmeras alterações, tornando o exercício da parentalidade como a uma tarefa mais difícil. Este processo de adaptação e de reorganização familiar pode levar algum tempo, pois o diagnóstico de autismo só é conhecido habitualmente alguns anos após o nascimento da criança. Este facto provoca, nos pais, sentimentos de insegurança, dúvida e angústia.
O Autismo é um conceito que se encontra em discussão há mais de trinta anos.

Este termo era frequentemente usado para classificar as dificuldades cognitivas marcadas, as capacidades linguísticas quase nulas e os movimentos repetitivos e estereotipados.
Desde então, o conceito de autismo mudou radicalmente. Passou de uma perturbação do comportamento com limites bem definidos e um quadro clínico preciso e estereotipado, para uma perturbação com um espetro de gravidade e sintomas variáveis, um quadro de fenótipo alargado.

Segundo o Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (DSM – 5; 2014), a Perturbação do Espectro do Autismo (PEA) é um “distúrbio neurológico e uma das mais graves perturbações do desenvolvimento da criança, que resulta numa incapacidade ao nível da interação social, da aquisição e uso convencional da comunicação e da linguagem, pela restrita variedade de interesses e alterações de comportamento, que perdura durante toda a vida”.
Não é por acaso que, o símbolo mais conhecido das ações de consciencialização do Autismo é uma peça de puzzle colorido, que demonstra a existência de uma variedade de características que difere de caso para caso.

Neste âmbito, assinala-se, anualmente, o dia 2 de abril como o dia Mundial da Consciencialização sobre o Autismo, com o intuito de conscientizar e esclarecer a sociedade sobre esta temática. Trata-se de uma luta pela equidade e inclusão das pessoas com esta perturbação. É de relevar que, pelo fato destas pessoas aprenderem de forma diferente e de acordo com as suas particularidades, não revela que sejam incapazes de aprender e deixem de ter os mesmos direitos que outros que não têm autismo.
O que é necessário mudar são as novas expectativas, aceitando essa diferença e dispor de ambientes e condições que assegurem uma real adaptação da pessoa com PEA. Uma das formas de tratamento é olharmos para essas pessoas com compreensão, motivação, reconhecendo e aceitando as suas diferenças. Alguns conselhos que poderão ajudar neste processo: seja gentil; não se exalte com as birras e/ou maus comportamentos, tente sim compreender o motivo do mau estar dessa pessoa e resolver com calma; fale com as crianças e adultos com PEA de forma direta (sem perguntas de duplos sentidos) e com tranquilidade; e acima de tudo veja-o como um ser igual a si e não diferente de si.

Relativamente ao acompanhamento das pessoas com PEA, deve ser multidisciplinar, de acordo com as suas necessidades, envolvendo médicos, enfermeiros, educadores, profissionais de terapia da fala, terapia ocupacional, fisioterapia e psicologia.
Em suma, o envolvimento da família, a existência de ambientes inclusivos, os apoios terapêuticos, o acompanhamento médico e a intervenção o mais precoce possível são fatores essenciais para que a inclusão seja bem-sucedida.
Estas crianças possuem um cérebro sem malicia, sem capacidade de mentir, de fingir ou criar conflitos. Cabe à sociedade atual reconhecer isto, deixar de lado o preconceito e promover uma inclusão adequada destas crianças, bem como de todas as outras, com ou sem doença ou condição.
Cada criança é especial à sua maneira. O segredo é aceitá-la tal como ela é, proporcionando-lhe as condições mais favoráveis para o seu desenvolvimento e crescimento.
Paulo Freire afirma: “A inclusão acontece quando se aprende com as diferenças e não com as igualdades”.

Sandra Loureiro
Terapeuta da Fala, em colaboração com a UCC Viseense

 “Desmistificar o Autismo - um passo para a real inclusão”

Jornal do Centro

pub
 “Desmistificar o Autismo - um passo para a real inclusão”

Colunistas

Procurar