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Vítor Santos
A prática desportiva tem vindo a ser influenciada por mudanças e transformações sociais verificadas nas últimas décadas, bem como por referências modeladas pelos meios de comunicação social e pelas redes sociais.
Em resultado dessas influências, assiste-se hoje a uma generalização do conceito de competição-conflito, que é um processo social em que se acentuam as diferenças objetivas entre os clubes e se minimizam os traços comuns entre eles existentes. Entre os adeptos e os agentes desportivos, tendese cada vez mais a salientar as más práticas dos adversários, minimizando as qualidades técnicas e desportivas que são comuns a todos eles. Criam-se desse modo rivalidades mesquinhas que são exteriores à prática e à competição desportiva.
As entidades organizadoras e reguladoras das competições profissionais nacionais não conseguem descolar-se dos clubes “eucaliptos”. Os outros clubes também não. Não será tão cedo que teremos uma competição profissional que prestigie a modalidade e o desporto.
Os profissionais de futebol, pagos a peso de ouro, deviam ser um exemplo e não transformarem muitos jogos em arte circense. Cada profissional no seu lugar, porque os do circo não competem com os futebolistas! Estes deviam fazer o mesmo e respeitar a modalidade, o desporto e o público.
O pior é que o futebol não profissional, sénior e formação, tende a copiar o que de pior a competição máxima tem. Escudam-se atrás do “somos um clube pequeno, mas honrado”, como se os outros fossem clubes de bandidos. É a vitimização bacoca copiada dos clubes grandes. Grandes em tudo, desde número de adeptos e títulos até buscas judiciais, passivos financeiros, casos de violência e martirológios.
Os adeptos anónimos são, também eles, fatores de destabilização e promotores de ódio, só porque não querem perceber que o desporto é mais do que só ganhar. Dálhes jeito o discurso do ódio por motivos financeiros ou sociais. Daí a paineleiros é um saltinho!
Outros que se dizem desportistas e têm carteira de treinador, jornalista, árbitro, dirigente, agente ou outra não são respeitadores e por isso não merecem crédito. São falsos moralistas e envergonham, porque eles não têm vergonha, qualquer cidadão bem formado. As televisões, os jornais e as redes sociais estão cheias destes paladinos da verdade e da razão – o clube deles é sempre inocente!
Seres humanos normalmente civilizados, educados e serenos transformam-se em verdadeiros hooligans através da palavra! Urge banir a violência verbal promotora de ódios. Urge educar o sonho desportivo dos nossos jovens, mostrando que nem sempre somos os melhores, mas podemos sempre dar o melhor de nós mesmos.
Vítor Santos
Embaixador do Plano Nacional de Ética no Desporto
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