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Já lá vai o tempo em que as pessoas tinham em média meia dúzia de filhos. Os tempos de facto são outros, mas começam a ser visíveis os efeitos do envelhecimento da população e da falta de jovens para ocupar os lugares deixados para os mais velhos, reformados.
Quem circula nas ruas observa uma realidade bem diferente de outros tempos. Havia mais jovens que idosos. Havia juventude em muito maior número e uma boa dose de alegria e boa disposição. Não ter filhos, ou ter só um ou dois, parece estar na moda. O pior são as consequências futuras da redução drástica da população. Será que vai haver o necessária assistência aos idosos, quer a nível da saúde, como nos lares, numa relação de cerca de dois idosos para cada jovem? Concretamente, pelos últimos resultados conhecidos, por cada 100 jovens, existem 182 idosos. Esta situação é deveras preocupante.
Citando os censos de 2021 do INE, a população de 10.344.802 habitantes, perdeu 217.376 pessoas nos últimos 10 anos. E se não existisse o fenómeno migratório e imigratório, mais teria perdido. A população imigrante ultrapassa já as 550.000 pessoas e a manter-se a atual tendência, Portugal irá ser um país multirracial, como acontece em França e por via disso a descaraterizar-se. As famílias são cada vez mais pequenas, os divórcios aumentam e os casamentos são cada vez menos. Não existem políticas sérias para promoção da natalidade, fixação das populações e de combate à desertificação do interior. Temos de deixar de mitigar subsídios, mas majorá-los para inversão do atual cenário em que vivemos.
E porque não estimular com ações de sensibilização? Pôr fim ao planeamento familiar cego, seria bem visto por forma a encontrarmos o meio termo, entre famílias super numerosas de algumas décadas e o modernismo de não ter filhos.
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