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…, “Mas estou mesmo a gostar muito de governar”. Apesar de tudo, foi assim que Luís Montenegro exprimiu o seu estado de alma na Universidade Europa do PSD. E, de facto, é notável, porque estes primeiros 30 dias não foram pacíficos, nem expectáveis. Após a novela para a eleição de Aguiar Branco como Presidente da Assembleia da República, a 1ª e única medida do Conselho de Ministros em Óbidos foi a readoção do antigo logótipo da República Portuguesa.
Seguiu-se a proclamação de medidas avulsas contra a corrupção, que pouco acrescentam àquelas já aprovadas na Assembleia da República; o choque fiscal plasmado no equívoco montante do IRS (quis incluir, camuflando, os 1300M€ que o OE 2024 do PS já tinha em execução); a tentativa frustrada do Ministro das Finanças em “martelar” as boas contas públicas (deu conta que o ter-se prometido tudo a todos custa dinheiro e défice); a demissão da Direção-Executiva do SNS (a quem depois a Ministra da Saúde pede um plano de contingência para o verão, algo da competência da DGS que já estava pronto); a exoneração, grosseira, com efeito imediato, da Mesa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (a quem, depois, a tutela impõe que continue em funções, sob ameaça de ação punitiva, por falta de alternativa ou, por último, a exoneração pouco esclarecida do Diretor Nacional da PSP (não sei se o modus faciendi deixará a decisão sem resposta dos agentes ou respetivos sindicatos).
À parte alguns “fait divers”, as palavras do Ministro da Defesa sobre o serviço militar obrigatório e a estratégia para a superação da falta de recursos humanos nas Forças Armadas, as 7 Quinas com que Sebastião Bugalho brindou a Bandeira Nacional, os 100 anos que Luís Montenegro acrescentou à vida da Rainha D. Maria II e à Constituição de 1838, para além das dúvidas públicas levantadas sobre a relação ética, no desempenho de funções anteriores, de alguns membros do Governo agora empossados; à parte tudo isto, fica apenas uma certeza: não há, de facto, uma segunda oportunidade para causar uma primeira boa impressão. Concordo com o Primeiro Ministro, nestas condições “É notável” que esteja “mesmo a gostar de governar”.
No meu último artigo, “Tempo de diálogo”, deixei claro ser esse o caminho de quem governa, sobretudo em minoria absoluta, porque os eleitores assim o entenderam. O seu voto deixou os partidos dependentes uns dos outros, do respetivo sentido de responsabilidade. Portanto, o que se espera são entendimentos diversos que deem expressão aos interesses das pessoas e do país.
Não tem sido assim. O Governo opta pelo confronto e as oposições respondem através de denominadores comuns em convergência. É o que vai acontecer com o IRS e a abolição das portagens do interior em sede das respetivas Comissões. E não se diga que com o IRS a oposição aumentou a despesa. Não, apenas alterou a redistribuição pelos escalões. E é imperioso lembrar que em matéria de abolição de portagens só o PSD e CDS ficaram de fora, porque a IL viabilizou pela abstenção, e todos os outros partidos, seis, votaram a favor: PS, BE, PCP, CH, Livre e o PAN. Insisto pois, que o tempo é de diálogo. E se a razão prevalecer é possível podermos vir a ter um OE para 2025.
E a direita radical, até onde irá? Alimenta-se da desilusão e de valores induzidos ou decorrentes de convicções pessoais. Os seus seguidores não apareceram agora, nem por acaso. Há um livro muito recente de Vicente Valentim, Cientista político na Universidade de Oxford, “O Fim da Vergonha”, que é um estudo sobre o processo de normalização dessa direita radical em toda a Europa. E desse processo fazem parte várias etapas e um timoneiro: “o empreendedor político competente”.
A pressão da “norma social” impede que publicamente algumas pessoas se identifiquem com teses radicais (fase da latência), mas à medida que o seu número cresce a expressão pública, ainda que tímida, acontece (fase da ativação). Quando aparece o empreendedor politico competente e o partido radical ganha representatividade institucional – a entrada no parlamento – então a norma social encolhe e a defesa e identificação públicas (fase da revelação) ganham dimensão. Foi, por exemplo, o caso da UKIP, no Reino Unido, com Nigel Farage ou de André Ventura entre nós. Foi isso que fez com que políticos experimentados do Partido Conservador aderissem ao UKIP e, por cá, do PSD, integrassem o Chega. Nada acontece por acaso. Se é para isto, com estes resultados, contrariamente a Luís Montenegro, no atual contexto, governar nem se gosta, nem é notável.
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