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Rita Mesquita Pinto
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Diogo Pina Chiquelho
A cada vez mais visível decadência dos EUA começou com a segunda invasão do Iraque, em 2003, levada a cabo por George W. Bush, e foi logo então assinalada aqui nos primeiros Olhos de Gato.
Washington tornou-se numa vetocracia (os dois partidos bloqueiam-se mutuamente) e numa gerontocracia (Trump, um velho amoral, e Biden, um velho decente, fazem lembrar muito os politburos dos anos finais da União Soviética).
Ora, em política não há vazios: quando um poder federal enfraquece, os estados começam a desafiar a autoridade central e a hostilizarem-se uns aos outros. Por exemplo, o governador do Texas, Greg Abbott, mete migrantes em autocarros e vai-os despejar em estados democratas.
É claro que o cinema norte-americano tinha que aproveitar esta entropia para fazer dinheiro e vai estrear, em 12 de Abril, o filme “Guerra Civil”, de Alex Garland. O realizador diz que a acção se passa “num ponto indeterminado do futuro” e que é uma alegoria à situação “polarizada” do país. Pelo que se percebe, tudo começa quando dezanove estados criam um movimento separatista, as “Western Forces”, e o trailer do filme, já disponível, lembra em letras garrafais: ALL EMPIRES FALLS. Todos os impérios caem.
Epifania na A24
Em 2012, Daniel Katz ia a guiar nos viadutos e túneis da A24, a belíssima autoestrada italiana conhecida pela Autoestrada dos Parques, e, “EUREKA!”, decidiu fazer uma produtora de cinema e televisão a que pudesse chamar sua.
Meu dito meu feito, juntou-se a David Fenkel e a John Hodges e fundou uma produtora independente que já leva uma dúzia de anos cheios de sucessos, a que quer acrescentar o filme “Guerra Civil”, onde investiu 50 milhões de dólares. Nome da produtora: A24, a autoestrada onde foi concebida.
Epifania na A1
Conforme contou a este jornal, há três anos, o dr. Ruas meteu-se no seu carro e foi a Lisboa dizer ao dr. Rio que não se recandidatava à câmara de Viseu e veio “de Lisboa a dizer que não”, até já tinha confirmado isso à sua mulher.
Só que, no regresso, em plena A1, algures entre Condeixa e Coimbra, o dr. Ruas ouviu “uma coisa” e, PLIM!, essa “coisa” fê-lo mudar de ideias: “quando chegar a Viseu vou dizer que sim.”
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