Bispo papa francisco
Reunião Cm Tondela 22 abril 2025 2
urgencias_0
janela casa edifício fundo ambiental
Estate agent with potential buyers in front of residential house
casa-habitacao-chave-na-mao - 1024x1024

A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…

21.04.25

Neste vídeo, viajamos até Castro Daire para conhecer um dos tesouros mais…

18.04.25

Nesta Páscoa, há tradições que se destacam e os ovos de pano…

16.04.25
rui dionisio armamar
Catarina Meneses
joão azevedo lordosa viseu a24

A educação e o direito à educação são pilares essenciais para o desenvolvimento de qualquer sociedade. É importante existir um sistema educacional inclusivo – educação inclusiva – um modelo que visa garantir acesso, participação, integração e aprendizagem a todos os alunos, independentemente das suas problemáticas, necessidades, características físicas, sensoriais ou cognitivas, de modo a proporcionar um ambiente educativo, adaptado à diversidade dos alunos, promovendo a equidade e a igualdade de oportunidades para todos. Esta questão, não trata apenas de um cumprimento de direitos e leis, mas também de ética e de respeito pela realidade de todos. 

A acessibilidade nas escolas vai muito além da existência de rampas, elevadores, entre outros aspetos arquitetónicos que providenciam a adaptação facilitando a mobilidade e a participação de todos os estudantes. É de igual forma importante criar e executar um conjunto de práticas pedagógicas, estratégias de ensino e adquirir materiais didáticos. No entanto, se não existem diretrizes claras, objetivas e meios apropriados, os profissionais acabam por ter à sua disposição as medidas universais, ficando comprometida a idealização de uma educação inclusiva. 

O decreto-lei n.º 54/2018, de 6 de julho estabelece os princípios orientadores e as normas que garantem a inclusão, sendo estes: Educabilidade Universal, Equidade, Inclusão, Personalização, Flexibilidade, Autodeterminação, Envolvimento Parental e Interferência Mínima. Com isto, pretende-se que todos os alunos tenham acesso à educação inclusiva de sucesso, independentemente da sua situação pessoal e social. Contudo, ao ser colocada em prática, a inclusão não atende às expectativas, e os alunos ficam sem o suporte e apoio necessário. O mesmo decreto reitera a importância de uma estreita articulação entre escola e saúde, no sentido de facilitar a inclusão de crianças e jovens com necessidades de saúde especiais. O programa educativo individual e o plano de saúde individual tornam-se complementares, devendo ser garantida a necessária coerência, articulação e comunicação entre ambos. O objetivo final é o superior interesse da criança/jovem e a garantia de que esta dispõe de uma participação escolar integrada e eficaz, dentro daquelas que são as suas potencialidades.

Investir em inclusão e acessibilidade não beneficia apenas os alunos com necessidades especificas, mas toda a comunidade escolar, pois permite que todos os alunos aprendam a lidar com a diversidade de maneira natural e com respeito, desde pequenos. 

É essencial combater preconceitos e promover a consciencialização dos alunos, professores e famílias sobre a importância de um ambiente inclusivo, da empatia e do respeito às diferenças, promovendo um ambiente escolar mais equitativo e justo para todos, de forma a combater as barreiras que dificultam a criação de um ambiente acolhedor.

Por fim, é de realçar que, para a inclusão escolar tornar-se uma realidade, é necessário o compromisso das entidades públicas, escolas e famílias. Com a criação de políticas eficazes e concretas, criação de investimentos em infraestruturas e capacitação de docentes e não docentes serão aspetos que beneficiam a inclusão, mas devemos verificar se estão efetivamente a ser cumpridas. Somente assim, poderemos garantir que a escola seja um local acessível e inclusivo, onde todos os alunos possam aprender e se desenvolver. 

Ao promover a inclusão, a sociedade não só cumpre com seus deveres, mas também constrói um futuro mais justo e igualitário para todos.

Maria Catarina Couto Santos, aluna do 4º ano do Curso de Enfermagem da Escola Superior de Saúde de Viseu, em colaboração com a UCC Viseense

Procurar