Espetáculo de Luccas Neto deixou crianças em choro

Foram várias as crianças que sairam “desconsoladas” do espetáculo de Luccas Neto na Feira de S. Mateus, em Viseu, na última sexta-feira, de acordo com as queixas que muitas pessoas deixaram nas redes sociais e até junto da organização.

Uma petição com mais de 250 assinaturas também já está a correr online a exigir a devolução do bilhete. Tudo porque, para alguns dos presentes, “as crianças foram para ver o Luccas Neto e milhares delas não conseguiram”. E nem mesmo o coro de crianças a pedir “senta, senta” levou a que os que estavam de pé se sentassem.

“Pode ter sido falta de organização, mas, acima de tudo, de civismo por parte dos adultos que teimaram em ficar de pé sem se preocuparem com o restante público. Sei que houve gente que durante o espetáculo conversou com a equipa do artista a pedir que fizessem alguma coisa, mas nada fizeram”, lamentou uma mãe que a meio do espetáculo desistiu de estar com a filha ao colo. “O que acabámos mais por ouvir foi o choro de muitas crianças”, lamentou.
E a solução, na sua opinião, até era fácil: “Era alguém chegar ao palco e dizer aos que estavam junto às grades para se chegarem para trás e todos sentados. Caso contrário, o espetáculo não começava”.

O artista subiu ao palco da Feira ao final da tarde de sexta-feira, mas o facto do público ter ficado em pé, em vez de se sentar, fez com que alguns ficassem sem visibilidade. “Os miúdos ou estavam às cavalitas ou não viam. Os que já não conseguiam mais ficavam no chão e não viam nem o palco nem os ecrãs”, contou outro pai.
“Tudo de pé, nem eu conseguia ver, muito menos o meu filho”, lê-se numa das queixas deixadas nas redes sociais da Viseu Marca, responsável pela organização da Feira.

“Uma vergonha mesmo. E o “artista” se tivesse um pouco de inteligência, teria feito o pedido. Pelo que soube, houve um papel a circular pelos seguranças a pedirem para avisar os pais para se sentarem, a informação também deveria ter chegado ao palco”, estava escrito numa outra queixa.

Entretanto, foi criada uma petição a pedir a restituição do valor dos bilhetes (15 euros) porque, lê-se, “foi notório que o promotor não estava preparado para a produção de um evento com as características que um espetáculo desta tipologia obriga”.

“No recinto sentiu-se a falta de organização e de elementos da organização para fazer o acompanhamento dos presentes de forma a que não tivesse acontecido o sucedido. Um promotor deve precaver os problemas que podem decorrer durante um evento e deve tomar medidas para solucionar/minimizar os mesmos”, acrescentam os subscritores que, na manhã desta segunda-feira, eram 255.

Fonte da organização adiantou que as regras de segurança foram todas cumpridas.