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Ex-mineiros da Urgeiriça pedem intervenção do Presidente da República

 Ex-mineiros da Urgeiriça pedem intervenção do Presidente da República
28.03.22
fotografia: Jornal do Centro
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 Ex-mineiros da Urgeiriça pedem intervenção do Presidente da República
17.09.24
Fotografia: Jornal do Centro
 Ex-mineiros da Urgeiriça pedem intervenção do Presidente da República

Os antigos mineiros da Urgeiriça vão manter a Ex-mineiros da Urgeiriça apresentam queixa-crime contra o Estado contra o Estado e a Empresa de Desenvolvimento Mineiro por ainda não terem sido descontaminadas todas as casas do antigo couto mineiro, no concelho de Nelas.

A Associação dos Ex-Trabalhadores das Minas de Urânio (ATMU) também anunciou que irá avançar com uma “concentração de protesto e indignação” junto ao Palácio de Belém, em Lisboa, para pedir a intervenção do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, neste processo.

A ATMU justifica esta decisão aprovada na última assembleia-geral do passado sábado (26 de março) pela “situação de impasse” nos trabalhos de recuperação ambiental das habitações da Urgeiriça. O Parlamento tem vindo a sensibilizar a tutela nos últimos anos para que acelere a descontaminação das casas. As obras pararam no final do verão passado.

Os antigos trabalhadores das minas, que já tinham acusado o Estado de cumplicidade no conhecimento do risco que as casas contaminadas ainda trazem aos moradores, vão também realizar no dia 10 de abril um “roteiro de protesto” pelas ruas da localidade, “com faixas a denunciar a situação dramática que podem viver ainda alguns moradores, pela não descontaminação das suas habitações e logradouros”.

Segundo a ATMU, algumas dessas mesmas casas ainda continuam sem serem descontaminadas. A associação lembra o último relatório de monitorização das habitações, “onde se verifica que algumas casas não atingiram os valores de referência estabelecidos na Diretiva Comunitária 2013/59/EURATOM”, da União Europeia.

A associação toma esta posição depois de se ter reunido com a EDM na passada segunda-feira (21 de março), onde “se propôs a retirar todas as faixas de luto onde se faz referência aos valores de contaminação ainda existentes nas casas” e também retirar a queixa-crime “desde que fosse concluído o processo de leitura radiológica a todas as habitações já intervencionadas”.

Na reunião, os ex-mineiros também sugeriram que fossem iniciados os trabalhos de descontaminação dos logradouros e apresentado um plano B para as habitações que ainda não foram descontaminadas e a calendarização final de todo o processo de descontaminação das habitações da Urgeiriça além da retirada das reservas de urânio. Propostas essas que, segundo a ATMU, a EDM rejeitou.

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