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Factos e factóides

 Factos e factóides
12.11.22
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 Factos e factóides

Fernando Ruas foi ao programa de debate “2+2 não são 4”, da Rádio Jornal do Centro, e, “espicaçado” por Francisco Mendes da Silva, João Cotta, Jorge Adolfo e Nuno Nascimento, deixou cair alguns factos e alguns factóides interessantes.

Primeiro os factóides:
(i) os quarenta e um meses de “festas e festinhas” do dr. Sobrado custaram 15 milhões de euros — a esterilidade daqueles eventos borliantes para minorias privilegiadas foi amplamente dissecada aqui no Olho de Gato;
(ii) um “piquenique” no Rossio com cinco chefs custou 25 mil euros, 5 mil para cada um — requintes carotes, para gourmets, à sombra das tílias;
(iii) a câmara comprou 3000 colchões para a Europeade, já conseguiu arranjar destino para 700, ainda tem 2300 em armazém — há que lhes dar bons usos sociais e filantrópicos, no país ou fora dele.

Agora os factos:
(i) quando deixou a câmara, em 2013, o dr. Ruas deixou os cofres recheados com 23 milhões de euros — e tudo o vento levou!;
(ii) o poder local “está transformado numa Bimby”, diz o presidente da câmara de Viseu, está tudo formatado, tudo normatizado, diminuiu a autonomia decisional e a capacidade de iniciativa dos eleitos — nota-se-lhe aqui alguma melancolia, bem justificada por sinal;
(iii) a resposta do poder centralista aos problemas do interior está cada vez mais miserável — por exemplo, a Unidade de Saúde Familiar da Casa das Bocas, construída pela câmara para servir 18 mil utentes, está pronta há dez meses, mas não abre porque o ministério não coloca lá meia dúzia de funcionários;
(iv) no que diz respeito ao Mercado 2 de Maio, Fernando Ruas confessa o óbvio: também ele “não gostou da obra apresentada pelo arquitecto Siza Vieira”; e disse ainda mais: “penso que nem ao próprio agradou”; o autarca nunca teria feito nada naquele espaço “sem envolver o arquitecto”, mas agora, com o facto consumado, com as obras tão avançadas, há que lhes “dar gás” — o que é evidente, quanto mais depressa acabar aquele pesadelo melhor; compete agora ao município arranjar um “software” comercial competente e apelativo que dê sentido ao “hardware” fotovoltaico que está lá a ser posto.

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