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A Federação Académica de Viseu (FAV) está preocupada com o elevado custo dos quartos para estudantes em Viseu e Lamego. Em Viseu, preço médio de quartos para os estudantes pode chegar aos 235 euros por quarto sem despesas incluídas.
A preocupação surge numa altura em que as associações estudantis deixaram esta semana no Parlamento algumas reivindicações como o aumento do número de camas nas residências universitárias.
Em declarações ao Jornal do Centro, o presidente da FAV, Bruno Faria, diz que a situação está a piorar depois de a federação ter tomado uma posição sobre o alojamento.
“Há situações que estão a piorar porque temos estudantes que estão a debater-se com preços altíssimos na cidade. Isto acaba por ser um encargo enorme para as famílias”, afirma lembrando que ainda existem muitas famílias carenciadas.
Bruno Faria acrescenta que os complementos de alojamento das bolsas de estudo não chegam para compensar o aumento dos preços.
“Está a ser complicado combater estes preços. Temos quartos a chegar aos 250 euros sem despesas incluídas. Estamos a falar de uma despesa só de alojamento a rondar os 300 euros mensais com despesas e isto está a ficar incomportável porque os preços são altos se compararmos com Lisboa e Porto”, enfatiza o presidente da Federação Académica.
Para além de caros, os quartos também são poucos para todos os estudantes que os procuram. Bruno Faria diz que a oferta tem sido escassa numa altura em que, lembra, “estão a chegar agora os alunos da segunda fase e ainda vamos ter a terceira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior”.
O presidente da FAV congratula-se com o facto de o Orçamento de Estado prever investimentos no alojamento de estudantes em cidades como Viseu, mas lamenta que não haja para já nenhuma solução imediata para os problemas dos alunos.
“O nosso problema é que não vemos nenhuma solução a curto-prazo, ou seja, não há nenhuma solução para os estudantes que estão a passar dificuldades agora. O complemento de alojamento não está a dar a resposta às necessidades dos estudantes de Viseu”, remata.