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Centenas de pessoas aguardavam pelo momento mais esperado. As luzes do picadeiro estavam apagadas e só foram ligadas às 21:41h. Soaram palmas e, de seguida, Raquel & Rodrigo cantaram “Viseu Senhora da Beira”.
Alguns minutos antes, o som dos Zés Pereiras de São Martinho de Orgens indicava que a cerimónia de abertura da edição 631 da Feira de São Mateus estava quase a começar.
Alinhados e trajados a rigor e em fila entraram pela porta de Viriato. Atrás vinham Fernando Ruas, presidente da Câmara de Viseu e Augusto Santos Silva, presidente da Assembleia da República, convidado deste ano para inaugurar a Feira.
No discurso que fez, Augusto Santos Silva lembrou os 900 anos do foral entregue por D. Teresa a Viseu para defender que “nós temos de nos organizar, uns em comunhão com os outros, trabalhando uns com os outros, para que os nossos lugares, regiões e o país continuem a progredir”.
O presidente da Assembleia da República saudou os deputados eleitos por Viseu no Parlamento e lembrou que o trabalho dos parlamentares é “representar o país”. “O país faz-se de todos os lugares e cada lugar se faz das suas tradições, gastronomia, artes e economia”, elencou.
A segunda mais alta figura do Estado recordou o facto de ser eleito por um círculo de emigração para referir o papel das feiras populares para a “ligação tão forte entre os portugueses que vivem em Portugal e os que vivem em toda a parte do mundo”.
Santos Silva referiu-se à Feira de São Mateus como uma “recordação histórica” e acrescentou que o evento franco “mostra a pujança da cidade, do concelho e da região de Viseu”.
O presidente da Assembleia da República aludiu a um poema de Camões para referir que “quem faz o comércio, não faz a guerra”, defendendo que a Feira de São Mateus é “um momento de paz numa altura em que a nossa Europa está tão dividida por um conflito militar gravíssimo”.
Fernando Ruas diz que regressar à Feira “é uma honra”, lembrando que “tem o recorde de inaugurações” do certame. “Tendo uma ou outra polémica, acaba sempre por ter um bom funcionamento e muitos visitantes”, disse o autarca viseense.
O presidente da Câmara de Viseu disse que não apenas os viseenses, mas os portugueses em geral, “têm uma relação quase umbilical com a Feira de São Mateus”. “Talvez seja pela longevidade e duração, mas também pela natureza dos eventos que aqui vão encontrando”, justificou Ruas.
O edil assinalou que a Feira Franca tem tido várias designações como “uma cidade dentro de outra cidade” ou “a rainha das feiras”, afirmando que são sempre adjetivos positivos aqueles que são usados para descrever o evento que estará em Viseu até 21 de setembro.
“Ninguém vem à Feira sozinho. Vimos ou com a esposa, ou com a namorada ou um grupo de amigos, com um espírito positivo. O somatório disto só pode dar um bom ambiente na Feira de São Mateus. Achamos que o mais de um milhão de visitantes que vamos ter, vão comprovar o que digo”, vincou Fernando Ruas.
O presidente da Câmara de Viseu referiu-se à Feira de São Mateus como “um local de reencontros, um palco principal para que possamos fazer novos amigos e é também uma oportunidade de negócio para os muitos expositores e comerciantes”.
A Feira de São Mateus começou esta quinta-feira e vai estar de portas abertas até 21 de setembro. Entre os concertos que estão na agenda destacam-se o dos brasileiros Guilia Be e Pedro Sampaio, a fadista Mariza, mas também Fernando Daniel, Xutos e Pontapés, Pedro Abrunhosa ou Marisa Liz. Na agenda estão eventos desportivos que se associaram ao certame. A edição nº40 da Meia Maratona de Viseu, desta vez corrida à noite e a 25ª edição do Torneio Internacional de Andebol de Viseu estão entre os momentos que podem ser acompanhados.