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Filme que preserva a memória de Augusto Hilário em gravações na cidade de Viseu

A produtora Toca do Lobo está atualmente a gravar um filme dedicado à vida de Augusto Hilário, um dos maiores nomes do Fado de Coimbra. Reconhecido como um dos pioneiros do estilo boémio associado à canção de Coimbra, Hilário é uma figura emblemática da cidade de Viseu, onde nasceu e morreu, e a produção do filme pretende prestar-lhe homenagem

Carolina Vicente
 Filme que preserva a memória de Augusto Hilário em gravações na cidade de Viseu
30.11.24
fotografia: Jornal do Centro
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 Filme que preserva a memória de Augusto Hilário em gravações na cidade de Viseu
16.01.25
Fotografia: Jornal do Centro
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 Filme que preserva a memória de Augusto Hilário em gravações na cidade de Viseu

Com estreia prevista para o verão de 2025, o filme mistura elementos biográficos e ficcionais, que retratam a vida e o legado musical do fadista. Segundo o fundador da Toca do Lobo e realizador do filme, Tiago Santos, a escolha de Viseu como principal cenário para as filmagens foi natural, considerando a ligação da cidade à história de Hilário. “Ele nasceu e faleceu em Viseu, embora tenha passado a sua vida académica em Coimbra. Mas sabemos que o início e o final dele foram mesmo em Viseu”, explica o realizador.

A figura de Augusto Hilário da Costa Alves, nascido a 7 de janeiro de 1864, é amplamente reconhecida pela sua contribuição para a cultura musical portuguesa, em particular para o Fado de Coimbra. O fadista destacou-se como um dos grandes impulsionadores da serenata coimbrã, das trovas e das baladas que ainda hoje marcam o ambiente académico.

Um tributo cinematográfico a uma lenda viseense

Tiago Santos, que acumula as funções de guionista e argumentista do filme, explica que o projeto já vinha sendo planeado há algum tempo, mas só recentemente reuniu as condições necessárias para avançar. “A ideia já surgiu há bastante tempo. Fizemos mais um filme pelo meio, que estreou no cinema São Jorge, em setembro deste ano, em Lisboa. A ideia foi amadurecendo, fomos tentando compô-la o máximo possível, porque existem todas as questões logísticas, financeiras e tudo mais. Reunimos todas as condições e agora estamos a fazê-lo”.

A ligação do realizador à música e, em particular, ao Fado de Coimbra, também contribuiu para a concretização do filme. “Toco guitarra portuguesa, e fazia todo o sentido fazer um filme sobre a vida de Augusto Hilário, porque realmente é uma personagem muito importante e emblemática da cidade”, revelou.

Para além de enaltecer a história de Augusto Hilário, a produção procura destacar a cidade de Viseu enquanto cenário. “Simulámos, por exemplo, uma ruela e uma tasca onde o Hilário poderia ir beber os seus copos e cantar os seus fados. Aproveitámos a cidade de Viseu mesmo para isso, até porque é a nossa cidade e também queremos dar-lhe destaque”.

Grande parte das filmagens decorre em Viseu, mas estão previstos outros cenários, como Coimbra, onde Hilário viveu durante os anos em que estudou Medicina. Tiago Santos optou por não divulgar todos os locais, mas adianta que o filme pretende recriar os espaços emblemáticos frequentados pelo fadista.

Uma vida breve, mas marcante

Augusto Hilário foi uma figura central no desenvolvimento do Fado de Coimbra, mas a sua vida foi tragicamente curta. Frequentou o liceu em Viseu antes de se matricular em Coimbra, em Medicina, em outubro de 1886. Durante o terceiro ano do curso, Hilário regressou a Viseu para passar as férias da Páscoa com a família, mas foi acometido por uma icterícia grave, que lhe tirou a vida a 3 de abril de 1896, aos 32 anos.

Apesar da curta carreira, o impacto do músico é duradouro. Augusto Hilário é frequentemente descrito como um dos “ex-libris da serenata coimbrã” e é considerado o criador do “Fado Hilário”, uma vertente muito própria do Fado de Coimbra. Após a sua morte, o funeral tornou-se um acontecimento nacional, que reuniu um grande número de admiradores.

Desde então, o fadista tem sido alvo de múltiplas homenagens. Em 1979, foi inaugurada uma rua com o seu nome em Viseu. Agora, a Toca do Lobo pretende perpetuar a sua memória através da sétima arte.

O papel da Toca do Lobo na valorização da cultura local

A Toca do Lobo é uma produtora sediada em Viseu, que já conquistou reconhecimento a nível nacional pelo seu trabalho em cinema. Tiago Santos sublinha a importância de valorizar os talentos locais na produção deste filme. “As pessoas que seguem o nosso trabalho sabem a qualidade que temos, e todas as críticas positivas que temos recebido e os prémios que recebemos já este ano, noutros projetos. Somos e temos produto da cidade. Temos atores da cidade, pessoas muito boas, muito profissionais, que podem e conseguem facilmente estar noutros palcos”.

O filme terá ainda uma forte componente musical, com a gravação de uma banda sonora específica. Para Tiago Santos, este aspeto é essencial: “Como estamos a falar de um músico, o filme também tem uma componente musical muito importante. Estamos a tentar gravar uma banda sonora específica para o filme, que pode até, eventualmente, resultar em concertos e outro tipo de atividades que podem surgir culturalmente na cidade e não só”.

Este aspeto na música reforça o propósito do filme de enaltecer o legado artístico de Augusto Hilário.

Estreia e expectativas

A estreia do filme está prevista para o verão de 2025, embora ainda haja muito trabalho pela frente. “Ainda há muita coisa para fazer até lá”, admite Tiago Santos. No entanto, o realizador demonstra confiança no impacto da produção e espera lançar o filme em grande em Viseu. “Se tudo correr bem, vamos estreá-lo com a maior pomposidade possível aqui na cidade para o ano”.

Ao reunir história, música e cinema, o filme é um contributo para a preservação da memória de Augusto Hilário, ao mesmo tempo que destaca o talento e a criatividade da cidade viseense.

 Filme que preserva a memória de Augusto Hilário em gravações na cidade de Viseu

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