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Fragmentos de um Diário – 13 de Agosto de 1981

 Fragmentos de um Diário – 13 de Agosto de 1981 - Jornal do Centro
26.03.22
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   De manhã chegou um postal da …, do Algarve. Umas frases alinhavadas, sem história, neutras, como ela.
        Eu continuo por casa, arreliado; decididamente, este bairro é-me insuportável. Longe de Tondela e de Santa Ovaia, isolado, corta-me qualquer saída sob este calor duro de Agosto. Ando por casa, com os nervos à flor da pele, sem disposição; ouço música, ora clássica ora rock, leio, vejo televisão, medito e pouco mais. E pratico atletismo.
        Como é difícil manter um estilo de vida próprio, sereno, autêntico numa sociedade em que o jogo é a moeda corrente. Na verdade, só conservando uma certa distância em relação ao stress da vida moderna podemos garantir a nossa tranquilidade. Tudo parece apostado na eletrificação da nossa vida: o trabalho, os meios de transporte, a poluição sonora, a luta diária, muita música, as relações humanas, as festas ruidosas. Meu Deus! E a incompreensão, a desconfiança, a hipocrisia! Ando farto disto! Mas hesito entre entrar no jogo, consciente dos dados a lançar, ou lutar ainda pela minha independência. E em relação ao resto jogar apenas o necessário para não me deixar apanhar.

14 Agosto 1981

         De repente, sou sacudido por esta ideia: a de que nada valerá sem o amor: os bons livros, as palavras de sabedoria, o atletismo, a arte, pouco significam na ausência daquele terrível e delicioso bem. Quando acabar a faculdade irei procurá-la através da Suíça. Não sei como, mas irei procurar a Fátima.

15 Agosto 1981

        Haendel. Música colorida, expansiva, aberta.
        Difícil exprimir algumas ideias que me surgiram durante o dia. E que se prendem com a ética. Aos poucos vejo mais claro nos princípios que gostaria me norteassem a vida. Não que eu queira reduzir a plenitude a uma moral. Mas parece-me bem ter algumas referências orientadoras e bem fundadas.

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