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Não sei quem sou.
Nos remoinhos de mim mesmo
tudo é sombrio.
A própria noite irrompe
do fantasma do meu ser
e fere-me a nostalgia da essência do que sou
e não alcanço ser.
Da minha existência apenas sei
que não é minha,
que existo dentro de uma máscara
de alguém que desconheço
mas que em mim vive,
meu carrasco, que por cruel destino
e ironia,
fala por mim,
vive por mim,
sofre por mim
e que de mim sorri
num eterno gozo desesperado.
E, no entanto, já vivi tempos de esplendor. Com a Fátima não sentia a gravidade das coisas. Não havia gravidade sequer com ela, nada pesava, tudo nos preenchia de plenitude. Cada instante era uma prenda. Cada gesto, uma expressão da graça. Como viver depois do paraíso?
Fomos expulsos desse estado de encantamento apenas pelas circunstâncias da vida, apenas pelos pequenos nadas engendrados pela política. Um liceu em greve constante, a falta de colocação de professores, e tudo se despenha sem remissão. É verdade que prefiro a Beira Alta a Lisboa, mas preferiria Lisboa com a Fátima que o deserto na Beira.
O que é que eu podia fazer? Recusar a razoabilidade da minha mãe ao propor um liceu em Viseu, com professores, com aulas a decorrer com normalidade?
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