concentração palestina viseu
2ey8kjsvigbo0gk4ww
marcelo vinhos v2
261121083019a9f55af575cc44675655afd52fd8ee0b7e8852f2
221221102816ea5e4a48ad2623f3eea1d59d63cf34ae78d05d1d
140122144234ddd8df4b510d3e43d02babb42d9dd1f2fb699a5c

A Comunidade Intermunicipal do Oeste deu as boas vindas ao ‘Post Tour…

04.10.24

A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…

01.10.24

Sabia que é possível parecer mais jovem e elegante com os seus…

01.10.24

por
Raquel Costa, presidente da JSD Concelhia de Tarouca

 Escoamento de talentos: Um desafio estrutural, político e do

por
Joaquim Alexandre Rodrigues

 Comboios, impostos e “maduristas”

por
Joaquim Alexandre Rodrigues

 Um fungo
Uber Eats_01-min
Novo Peugeot E-3008_R6JG2754
Bairro Feliz Pingo Doce
Home » Notícias » Colunistas » Fragmentos de um Diário – 28 Novembro 1981

Fragmentos de um Diário – 28 Novembro 1981

 Fragmentos de um Diário - 28 Novembro 1981
09.07.22
partilhar
 Fragmentos de um Diário - 28 Novembro 1981

   Ponho todo o meu sonho no Belo, mas o ruído sufoca-me. Quero respirar a pureza das montanhas, mas a estupidez agride-me. Há muito que não creio na salvação do mundo, já só quero salvar-me, mas sobre mim a espada do veneno e fel. Fiz do conhecimento o meu ideal, mas a ignorância veste-se de rainha para melhor arruinar o meu quotidiano. O meu esforço concentra-se na elevação espiritual, mas a mediocridade reclama por mais território.

Em silêncio grito a delapidação dos dias.
Sei dos segredos da infância,
das horas carregadas de sombras,
sei das ruas acotoveladas de medo,
do olhar manchado de cansaços.
Mas procuro a luz de um gesto, o teu,
a cor que permanece no limiar de uns lábios, os teus,
os cavalos fogosos que incendeiam um corpo, o teu.
És para mim Paris.
Nas tuas mãos nascem as manhãs
e as palavras que sabem ao vento que passa,
delas se alimentam as ervas e os pássaros
que por dentro de nós insubmissos ardem.

       Mas tenho um plano. Para salvar a vida. Para salvar a alegria de estar vivo. Para salvar ainda alguma pureza da alma. Para salvar o que permanece de belo nos meus sonhos de adolescente. Para salvar o sonho. Para salvar a canção de infância. Para salvar o deslumbramento. Ainda estou a tempo de aprender. É preciso aprender a pensar. Sem sentimentalismos ou ressentimentos. Com inteligência. Para ser digno da vida e da alegria. Tenho um plano, amor, uma estratégia planeada. Esperar-te. E para o nosso encontro desejo ser por inteiro, autêntico, homem e criança, poeta e responsável, amante, sonhador e racional.

 Fragmentos de um Diário - 28 Novembro 1981

Jornal do Centro

pub
 Fragmentos de um Diário - 28 Novembro 1981

Colunistas

Procurar