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O Ministério Público está a investigar o alegado roubo de madeira em Aguiar da Beira, estimando-se que terão sido levados cerca de oito hectares.
As árvores terão sido levadas de zonas florestais na União de Freguesias de Aguiar da Beira e Coruche e na freguesia de Pinheiro, que são geridas pelas freguesias e Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
A notícia foi avançada pela SIC e ao Jornal do Centro a GNR da Guarda também confirmou que em março foi feita uma denúncia que dava conta de um alegado abate das árvores.
“A GNR de Aguiar da Beira elaborou um auto, que encaminhou para as entidades competentes. Neste momento, está a decorrer um inquérito”, disse fonte da autoridade.
O ICNF confirmou à SIC que houve cortes não autorizados, nomeadamente de pinheiro-bravo, numa área estimada em cerca de oito hectares. A notícia refere ainda que a tempestade Martinho, que atingiu o país em março, terá sido o pretexto para o corte ilegal que está agora a ser investigado.
O presidente da Junta de Freguesia de Pinheiro, Arlindo Monteiro, admitiu que teve conhecimento da situação, mas não reportou às autoridades e foi o próprio ICNF que terá alertado a GNR. O autarca referiu ainda que não deu autorização para qualquer corte de madeira.
“Se calhar também precisavam dela. Não fui ver quem era ou não era. Era o meu dever de ir ver, mas como estava no chão, ou de noite, ou de dia, foram-nos buscar”, referiu à SIC.
Arlindo Monteiro, autarca há 35 anos, é empresário do setor madeireiro e negou qualquer interesse no sucedido. “Para mim não há interesse nenhum, porque se me derem um bocado de floresta para comprar no meu território, não compro”, afirmou.
Já o presidente da União de Freguesias de Aguiar da Beira e Coruche, Joaquim Gonçalves, garantiu que não deu autorização para o abate de pinheiros, mas também afirmou que não comunicou às autoridades.
O ICNF confirmou ainda que uma parte da madeira levada já estava em hasta pública para ser vendida, o que já não será possível fazer.
O corte e furto de madeira não é um tema novo e em Viseu também já foram feitas várias queixas. Só em 2022, o ICNF contabilizou mais de 50 mil euros em prejuízos e duas dezenas de episódios de furto.
O Jornal do Centro chegou a noticiar vários relatos do corte indevido de madeira, sobretudo na Serra do Crasto, mas esta prática estendia-se a outras áreas florestais do concelho, sendo que “as zonas mais afetadas são as mais próximas de vias de circulação, de aglomerados populacionais, como o Perímetro Florestal da Serra do Crasto, o Perímetro Florestal de São Salvador (nas zonas de Calde, Paraduça e Mundão) e ainda no Perímetro Florestal de Seixo e Facho (saída do Sátão na direção de Penalva do Castelo, perto da Estrada Nacional 329)”.