Rimas Sociais, um podcast que dá voz às causas sociais urgentes através…
Neste episódio de “A comer é que a gente se entende”, descobrimos…
A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…
Não há aulas esta terça-feira (17 de janeiro) nas várias escolas que integram o Agrupamento Mundão, em Viseu. O estabelecimento de ensino está de portas abertas, mas a greve de professores fez com que os alunos fossem mandados para casa.
Para além da paralisação, os docentes, cerca de 80, concentraram-se também à porta da escola sede ao início da manhã e nem a chuva afastou os manifestantes.
“Somos um Agrupamento com uma vasta extensão territorial, desde as portas de Viseu até Vila Nova de Paiva e no Agrupamento não houve aulas em nenhuma escola”, disse ao Jornal do Centro, Paulo Lemos, professor do ensino especial há cerca de 30 anos.
“Grande parte da classe docente fez greve. Isto foi algo histórico, nunca tinha acontecido no nosso agrupamento, sempre foi muito difícil unir o agrupamento para se fazer uma greve e de livre vontade as pessoas começaram a conversar e em 24 horas mobilizamo-nos em defesa da escola pública. Decidimos que está na hora de dizer basta”, acrescentou, salientando que há muitos problemas a resolver no sistema de ensino nacional.
Entre as questões defendidas pelos docentes estão a contagem integral do tempo de serviço. Segundo Paulo Lemos, o país não pode avançar a dois ritmos, com os anos de trabalho a serem contados na totalidade nas ilhas, ao contrário do que acontece no continente.
“Não podemos admitir que o nosso veículo ande a fazer serviço para o Ministério da Educação sem nos pagarem os quilómetros”, referiu, defendendo ainda uma escola inclusiva e sem falta de recursos humanos.