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A onda de incêndios em Portugal tem sido assunto dominante nas redes sociais. Portugueses expressam preocupações, solidariedade e agradecimento
Nos últimos dias, Portugal tem sido consumido pelas chamas, sobretudo na região Norte e Centro. As redes sociais têm sido um canal crucial para a disseminação de informações sobre a crise que o país está atravessando.
Em tempo real, os portugueses têm utilizado várias redes sociais para partilhar imagens dos fogos, dar o seu relato e até pedir ajuda. A rapidez destas plataformas permite que as pessoas recebam informações instantâneas da evolução dos fogos, da localização dos focos e as medidas que devem adotar.
O incêndio que começou em Castro Daire, já se estendeu aos concelhos de São Pedro do Sul, Arouca e Viseu. Em Arouca as chamas estão a consumir os passadiços do Paiva, imagens que são divulgadas no Facebook.
No Facebook, são vários os grupos na região de Viseu que têm servido de ajuda àqueles que procuram mais informações sobre os fogos. Seguem-se inúmeras publicações onde os internautas questionam como se encontram diversas zonas da região.
Entre os vários pedidos de ajuda, em São Pedro do Sul, há quem esteja no estrangeiro e através das “câmaras da casa” vigia o fogo, pedindo e recolhendo informações através das redes.
As estradas cortadas e a constante informação das mesmas está a ser partilhada em várias plataformas digitais, permitindo assim manter as pessoas informadas em tempo real.
Uma grande onda de solidariedade está também visível no mundo digital, onde surgem inúmeras campanhas de angariação de fundos para quem está na linha da frente e quem foi afetado pelos incêndios. São também vários os posts de agradecimentos às corporações portuguesas e internacionais, acompanhados de pedidos de valorização pelo trabalho destes profissionais.
O Governo declarou situação de calamidade, nível máximo de intervenção previsto na Lei de Bases da Proteção Civil, em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias.
Os incêndios que têm devastado Portugal nos últimos dias têm chamado a atenção dos meios de comunicação internacionais pela sua dimensão e impacto humanitário e ambiental.
Na imprensa espanhola, no dia 17 de setembro, os incêndios em Portugal foram capa no jornal El País, destacando que “Portugal esmagado por 43 incêndios em simultâneo”.
A BBC ressaltou a forte resposta das corporações portuguesas, destacando que mais de 5000 bombeiros se encontram na linha da frente no combate às chamas, que se torna difícil devido ao calor extremo e aos ventos intensos. O meio de comunicação noticiou também a morte dos três bombeiros que perderam a vida na luta contra o fogo.
“Dias difíceis”, é assim que o The New York Times aborda os incêndios em Portugal, aprofundando as condições climáticas que contribuíram para a intensidade dos incêndios. O jornal americano publicou imagens que permitem aos leitores perceber a gravidade da situação em Portugal.
Um dos principais jornais de França, o Le Monde, enfatiza a fragilidade das infraestruturas florestais no país, noticiando a situação como uma das piores desde 2017. O noticiário oferece a perspetiva europeia, dando ênfase à ajuda internacional que Portugal tem recebido.
No Brasil, a cobertura mediática é relatada de forma sensível devido ao cidadão brasileiro que morreu carbonizado a tentar salvar as máquinas da empresa em Albergaria-a-Velha. O homem de 28 anos trabalhava para uma empresa de exploração florestal no distrito de Aveiro.
Os efeitos dos incêndios na zona norte e centro do país são visíveis do espaço. Através das imagens divulgadas pela NASA, é visível a magnitude do desastre, ajudando a perceber o seu impacto ambiental.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 62 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro, atingidas pelos incêndios desde o fim de semana, já arderam 47.376 hectares.