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Incêndios: Proteção Civil prevê tarde e madrugada difícil e considera “situação complexa”

Comandante nacional da Proteção Civil admite que a situação é “extrema em alguma áreas afetadas pelo fogo”

 Incêndios: Proteção Civil prevê tarde e madrugada difícil e considera "situação complexa"
17.09.24
fotografia: Jornal do Centro
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 Incêndios: Proteção Civil prevê tarde e madrugada difícil e considera "situação complexa"
03.10.24
Fotografia: Jornal do Centro
 Incêndios: Proteção Civil prevê tarde e madrugada difícil e considera "situação complexa"

O comandante nacional de emergência e proteção civil prevê para esta terça-feira (17 de setembro) uma tarde e madrugada com horas “difíceis e complicadas” no combate aos incêndios, considerando a “situação complexa” e “extrema em algumas áreas afetadas pelo fogo”.

“Apelo a todos que mantenham a calma durante a tarde de hoje a madrugada vão ser horas difíceis e complicadas no âmbito do combate aos incêndios”, disse André Fernandes na conferência de imprensa realizada na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) para fazer um ponto de situação dos fogos que lavram no norte e centro do país.

O comandante nacional apelou também “à redução de ignições” de incêndios, dando conta de que, entre as 20h00 de segunda-feira (dia 16) e as 07h00 de hoje, ou seja, durante a noite, se registaram 125 ocorrências de fogo.

“Este número não é comportável, significa que não estamos a adequar os nossos comportamentos àquilo que é o risco existente”, salientou.

André Fernandes sublinhou igualmente que “a situação é complexa” e “extrema em algumas áreas afetadas pelo fogo”, tendo “os incêndios um comportamento muito extremo”.

“Boa parte destes incêndios não estão na capacidade de extinção, não significa isto que estejam descontrolados, significa isto que a estratégia que está a ser adotada é virada para a preservação da vida humana e dos bens, é isso que os meios no terreno estão a fazer”, disse.

Em termos de combate, o comandante nacional deu conta que as situações mais complicadas são nos concelhos de Baião, Mangualde, Castro Daire, Nelas, Sever do Vouga, Albergaria-a-Velha, Águeda e Oliveira de Azeméis.

No entanto, relembrou que “todo o país está em alerta máximo e o risco de incêndio é extremo”.

Sobre os meios aéreos disponibilizados a Portugal no âmbito do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, o comandante nacional disse que os dois aviões Canadair espanhóis estão a operar desde as 09:00 no complexo do incêndio entre a região de Aveiro e a Área Metropolitana do Porto, os outros dois franceses aterraram hoje de manhã e vão começar a atuar hoje à tarde, o mesmo acontece com os italianos.

Os dois Canadair gregos ainda não chegaram ao país devido a um problema de meteorologia adversa no Mediterrâneo.

Mais de uma centena de concelhos, sobretudo das regiões norte e centro, mantêm-se hoje em perigo máximo de incêndio devido ao tempo quente, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). O risco máximo abrange todo o distrito de Viseu.

Sete pessoas morreram, quatro das quais bombeiros, desde domingo e 40 outras ficaram feridas na sequência dos incêndios que atingem as regiões norte e centro do país.

Por causa do calor, o IPMA emitiu aviso amarelo para os distritos do Porto, Setúbal, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Aveiro, Coimbra e Braga, pelo menos até às 18h00 de hoje.

O Governo alargou até quinta-feira (dia 19) a situação de alerta devido ao risco de incêndios, face às previsões meteorológicas, e anunciou a criação de uma equipa multidisciplinar para lidar com as consequências dos fogos dos últimos dias, com sede em Aveiro e coordenada pelo ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida.

Segundo o último balanço da ANEPC, ao final da manhã estavam ativo 65 incêndios que mobilizavam mais de 4.000 operacionais, 1.250 viaturas e 23 meios aéreos.

André Fernandes disse que durante a madrugada de hoje foram feitas algumas evacuações, mas remeteu um balanço para a conferência de imprensa das 20h00.

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