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Presidente do Instituto, José Costa, fala do aumento de vagas
O Instituto Politécnico de Viseu (IPV) defende que a autonomia das instituições de ensino superior deve ser reforçada para permitir uma maior capacidade de gestão e de definição estratégica. O presidente do IPV, José Costa, sublinha a importância desta questão no contexto do novo regime jurídico das instituições de ensino superior, atualmente em discussão na Assembleia da República. Para além da autonomia, o responsável destaca o crescimento do instituto, o aumento de vagas na licenciatura em Educação Básica e os investimentos previstos para infraestruturas e qualidade do ensino.
Mais autonomia, mais responsabilidade
Para o presidente do IPV, José Costa, a autonomia das instituições de ensino superior deve ser vista como um elemento essencial para garantir um desenvolvimento sustentável e alinhado com as necessidades do território e do país. “Mais autonomia significa mais responsabilidade. Nós também queremos ter mais responsabilidade”, afirmou. O presidente do IPV considera que as instituições devem ter liberdade para definir estratégias de ensino, investigação e desenvolvimento, de forma a responder melhor às exigências atuais do mercado de trabalho e da sociedade.
O financiamento é outro ponto no debate sobre a autonomia. “Ao longo destes anos todos, o que tem acontecido é um subfinanciamento do ensino superior em Portugal. Isso não é benéfico para as instituições, porque limita muito o investimento no equipamento científico, nas infraestruturas”, referiu. O responsável considera essencial que as instituições possam planear o seu futuro sem uma dependência excessiva do orçamento de Estado.
Outro dos temas em análise na Assembleia da República é a possibilidade de os institutos politécnicos passarem a adotar a designação de Universidades Politécnicas, desde que cumpram determinados requisitos. “Estamos perante dois projetos na Assembleia da República, diferentes na forma. O caminho que se pretende é que os Institutos Politécnicos possam vir a adotar a designação de Universidades Politécnicas, desde que cumpram os requisitos que estão para ser aprovados, nomeadamente, ter doutoramentos, que no nosso caso já começámos. Temos o primeiro doutoramento a funcionar”, explicou.
O Instituto Politécnico de Viseu tem vindo a crescer nos últimos anos. “O IPV, neste momento, tem o conforto de ser uma grande instituição, cuja procura tem vindo a acentuar-se. Aliás, na sexta-feira passada, tinha matriculados na totalidade 6 536 estudantes. Nunca tínhamos tido este número”, revela José Costa.
No que diz respeito à formação de professores, houve um reforço do número de vagas na licenciatura em Educação Básica. “No âmbito nacional, o Ministério [da Educação] perguntou às instituições se estavam disponíveis para ter um acréscimo relativamente à formação de professores e nós também aderimos”, afirmou José Costa. O aumento de vagas concentra-se na Escola Superior de Educação de Viseu, especificamente no curso de Educação Básica. “Não é um aumento percentual significativo, mas representa a oportunidade de mais jovens que estejam interessados no âmbito da formação da educação básica a poderem frequentar, e simultaneamente também ir de encontro àquilo que são as necessidades do país em termos da formação de professores”, acrescentou.
A nível nacional, as vagas nos ciclos de estudo de Educação Básica cresceram 20%, passando a existir 1.197 lugares disponíveis, mais 204 do que no ano passado. No IPV, foram acrescentadas 20 vagas à licenciatura.
O Instituto Politécnico de Viseu tem em curso um conjunto de investimentos para melhorar as infraestruturas e as condições de ensino. O orçamento para 2025 foi aprovado no Conselho Geral a 19 de dezembro e é o maior de sempre: 41,5 milhões de euros. “Entre orçamento de Estado, projetos de investigação, projetos de investimento, tudo isto junto é o maior orçamento de sempre do Instituto”, revela José Costa.
A principal fatia do orçamento será destinada ao capital humano, com mais de 28 milhões de euros alocados à massa salarial. O restante será aplicado em projetos de requalificação e novas infraestruturas. Entre os investimentos destacam-se as novas residências de estudantes, com 150 camas, e a requalificação de outras 320. Está ainda prevista a construção de um novo edifício para a Escola Superior Agrária, com conclusão prevista antes do final do ano.
Para além destes projetos, o IPV tem uma candidatura em curso para a requalificação da Escola Superior de Educação, num investimento de 2,6 milhões de euros, no âmbito da CCDR-Centro. Paralelamente, está previsto um projeto de requalificação da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego, com um investimento de 2,3 milhões de euros. Outro projeto em fase de estudo é a requalificação da quinta fase da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu, com um custo estimado de 6 milhões de euros.