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Rita Mesquita Pinto
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Jorge Marques
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Diogo Pina Chiquelho
Defendo que Portugal deve continuar a investir no setor social, nomeadamente em áreas cujas respostas não correspondem às necessidades existentes. É importante apostar na prevenção, na avaliação, no diagnóstico e no acompanhamento técnico especializado enquanto contributo para evitar a evolução de um problema de saúde, reduzir e ou estabilizar o mesmo, proporcionando assim mais qualidade de vida a quem sofre de uma determinada patologia.
Infelizmente, segundo dados estatísticos recentes em Portugal e nomeadamente em Viseu, tem aumentado o número de crianças e jovens que sofrem de Transtorno do Espectro de Autismo, sendo cada vez mais um sintoma detectado precocemente. As escolas têm uma missão muito importante nesta fase inicial, assim como no trabalho que desenvolvem na componente lúdico-pedagógica. Contudo, é necessário existir um complemento terapêutico, parceiro das escolas e dos pais, onde serão desenvolvidas áreas técnicas específicas, considerando o estado em que se encontra cada criança ou jovem.
Este trabalho tem de ser efetuado por Instituições vocacionadas para o efeito, com infraestruturas, recursos humanos e materiais adequados à resposta, assim como devem ser disponibilizadas uma panóplia de ofertas capazes de assegurar os diferentes tipos de autismo.
Hoje, mais do que nunca, as equipas técnicas devem ter formação especializada neste setor, assim como deve ser assegurada uma logística adequada às boas práticas. É sem dúvida uma resposta exigente e que carece de grandes investimentos e apoios para a realização de um bom trabalho.
Salienta-se que existem muitas famílias sem recursos financeiros capazes de suportar as necessidades dos seus filhos, devendo o estado português assegurar que o rendimento familiar não será obstáculo para o acompanhamento e tratamento devido a uma criança e ou jovem com autismo.
Existe em Viseu uma Instituição que tem vindo a desenvolver um trabalho notável neste setor.
Conheço particularmente as instalações da APPDA (Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo) em Viseu e, por mais boa vontade que eu sei que existe, e por melhor trabalho técnico que possa ser realizado, considerando o aumento significativo de casos para acompanhamento, as instalações são insuficientes. Recordo que a APPDA recebe crianças e jovens de todo o distrito, tornando-se localmente na maior referência na área do autismo. Para a saúde e o bem estar das crianças e jovens com autismo, para um melhor acompanhamento aos pais/famílias e às escolas e para que seja possível melhorar as ofertas nesta área em Viseu, é impreterível que sejam realizados mais investimentos, assim como assegurados mais apoios de cooperação.
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