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O concurso público internacional para uma intervenção no IP3, no troço entre Santa Comba Dão e Viseu, foi lançado esta segunda-feira (17 de julho), com o Governo a esperar ter máquinas no terreno no final do próximo ano, indicou o ministro das Infraestruturas.
“O concurso [público internacional] foi hoje lançado e nós esperamos ter máquinas no terreno no final do próximo ano”, disse o ministro das Infraestruturas, João Galamba, em declarações aos jornalistas à margem de uma visita ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil, em Lisboa.
O ministro da tutela considerou que esta é “a intervenção mais relevante no IP3” e “uma obra desejada há muito pelas populações locais e pela região”.
Em causa está a ligação “entre Santa Comba Dão e Viseu, com perfil de autoestrada”, ou seja, duas faixas de cada lado.
“Terminaremos estas intervenções no IP3 com mais de 85% com perfil de autoestrada e uma percentagem muito reduzida, por impossibilidade física de duplicação, sem ser com duas faixas de cada lado”, detalhou.
O Governo prevê a adjudicação da obra durante o verão do próximo ano, enquanto o prazo de execução estará dependente da disponibilidade para introduzir maiores ou menores constrangimentos no trânsito local, segundo João Galamba, que garantiu que a “negociação” será feita com a região. “O nosso objetivo é ter a obra pronta o mais rapidamente possível”, disse.
O ministro das Infraestruturas já tinha dado a garantia de que as obras no IP3 iriam avançar em 2024. A obra, que já tinha tido Ministério das Finanças deu luz verde à duplicação do IP3 entre Viseu e Santa Comba Dão, conta com um investimento previsto de mais de 130 milhões de euros. O procedimento já foi publicado em Diário da República.
Governo vai gastar 300 milhões de euros no IP3
Segundo o Ministério das Infraestruturas, esta será a primeira de três intervenções previstas no IP3, “prevendo-se que o investimento total ronde os 300 milhões de euros”.
O organismo lembrou que “esta obra, há muito tempo ambicionada pela região, é o maior investimento rodoviário de sempre feito exclusivamente com investimento do Orçamento do Estado”.
Em comunicado, o Ministério das Infraestruturas lembrou que “o importante e decisivo passo dado hoje com o lançamento do concurso vai ao encontro das justas reivindicações da população dos distritos de Viseu e Coimbra”.
Com este projeto, o Governo reforça “o compromisso com a região Centro e com o objetivo de atingir uma maior coesão territorial”, sublinhou.
“Santa Comba Dão-Viseu é o troço que tem o maior registo de sinistralidade, pelo que esta obra representa um importante passo na melhoria da segurança rodoviária para os milhares de automobilistas que a cruzam diariamente”, acrescentou o Ministério das Infraestruturas.
Esta empreitada permitirá não só “melhorias ao nível da segurança rodoviária”, mas também levará a “reduções no tempo de percurso”, o que “permite aproximar a região centro do país ao litoral”, acrescentou.
No que respeita aos troços entre Souselas e Penacova e entre Penacova e Santa Comba Dão, o Ministério avançou que se encontram “em fase de projeto e de avaliação de impactes ambientais, sendo expectável que o lançamento do próximo troço ocorra no primeiro semestre de 2024”.