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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Passei, há dias, pelos Trambelos para ver o “meu” Lusitano. Foi lá que dei os primeiros pontapés oficiais na bola, e foi lá que que fiz a formação desportiva que me proporcionou a passagem pelos níveis mais elevados do Futebol português. Graças aos meus pais, sou, também, Sócio do Clube desde o dia em que nasci.
Para mim, e para todos os “Trambelos”, a designação “Lusitano” basta, para sabermos do que estamos a falar. Mas para a projeção do Clube para o exterior da povoação dizer apenas “Lusitano” é curto. Eu sou o “João” para a minha mãe, mas se fora da minha casa se falar do “João”… perguntar-se-á: quem é o João? Qual João? Falar de “Lusitano” fora do contexto territorial de origem do Clube é… NÃO DIZER NADA… até nos arredores de Paris existem os Lusitanos de St. Maur…
Vem isto a propósito de um episódio (relevante, diga-se de passagem) que ocorreu no intervalo do jogo a que assisti: a apresentação (ou homenagem aos que dela fazem parte, e à qual me associo) da Escola de Atletismo do Lusitano, apadrinhada pelo campeoníssimo e meu Amigo Carlos Lopes.
No final da apresentação, o speaker informa que quem estivesse interessado em praticar Atletismo poderia obter orientações num site designado por “Lusitano.Viseu”.
A pergunta é simples: Porquê “Lusitano.Viseu”? E não “Lusitano.Vildemoinhos”?
Este episódio trouxe-me à memória algo semelhante que foi protagonizado por uma das anteriores Direções do Clube: a tentativa de mudar o nome do Clube para “Lusitano Futebol Clube de Viseu”. Parece que, felizmente, a tentativa não teve êxito.
A este propósito, outra curiosidade: uma das ruas pertencentes à radial interna de Viseu, na zona de Marzovelos, tem uma placa de granito com a inscrição “Avenida Lusitano Futebol Clube”. Porque não se completou com “Vildemoinhos”? Terá sido uma questão de carateres?
Ainda outra curiosidade: Vildemoinhos tem uma das instituições de maior peso cultural da cidade, as Cavalhadas de Vildemoinhos. Consta-se que já alguém tentou a designação Cavalhadas de Viseu. É certo que, nos últimos tempos, esta instituição tem visto passar pelos seus Órgãos Sociais muitas das figuras da política partidária concelhia numa perspetiva de “construção de currículo pessoal”. Diria que as Cavalhadas são, hoje, mais de Viseu do que de Vildemoinhos. Nada contra, percebo até, mas respeite-se a história, nem que seja apenas na conservação do nome.
As Cavalhadas são de Vildemoinhos, tal como o Lusitano é de Vildemoinhos. E tal como a escola de Atletismo do Lusitano deveria ser do Lusitano de Vildemoinhos.
Sei que não serei a melhor pessoa para falar destas coisas, até porque a minha vida pessoal e profissional não me permitem dedicar tempo às “coisas” da minha terra, mas sei que há muita gente que tem essa preocupação e tem esse cuidado. E é por eles que eu deixo esta reflexão.
As instituições são, e devem ser, abertas a todos, mas impõe-se o respeito pela sua história. Ninguém consegue construir um futuro para uma organização, se não conhecer bem o seu passado.
Hoje vejo pessoas ligadas ao Lusitano que não vivem em Vildemoinhos, ou que lá vivem há pouco tempo, e que têm essa ligação apenas porque os seus filhos são atletas do Clube. Estas pessoas são importantes para a renovação que se deseja e para a modernização que se impõe. Mas não faz sentido nenhum que não façam a mais pequena ideia da história do Clube. Quem o fundou, quem o construiu e quem lhe deu visibilidade e grandeza.
Por todos os que ainda “sentem” o Lusitano Futebol Clube de VILDEMOINHOS.
Boas Festas e um excelente ano 2022 para todos os leitos do JdC!
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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