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Vários documentos foram levados das instalações da ARC Sport, em Aguiar da Beira, pela Polícia Judiciária (PJ). Em causa está a investigação que esta quarta-feira (24 de janeiro) fez três detidos na Madeira, entre eles Pedro Calado, antigo co-piloto na equipa de rali e atual presidente da Câmara do Funchal.
Os responsáveis pela ARC dizem ter sido apanhados de surpresa, mas estão “tranquilos” e a “colaborar com a justiça”. Pedro Calado, que chega esta tarde a Lisboa para depois ser ouvido pelo tribunal, deixou de integrar a equipa de Aguiar da Beira no ano passado.
“A Polícia Judiciária esteve nas nossas instalações com o objetivo de recolher dados no âmbito da investigação e foram levados documentos de contabilidade, como faturas. Fomos apanhados de surpresa, mas estamos perfeitamente tranquilos e totalmente disponíveis para colaborar no que for necessário”, disse ao Jornal do Centro Augusto Ramiro, da ARC Sport.
A ação das autoridades investiga suspeitas de crimes de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio, prevaricação, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, abuso de poderes e tráfico de influência.
Entre as suspeitas estão alegadas adjudicações de contratos públicos que teriam benefícios, nomeadamente patrocínios a equipas de rali ligadas a Pedro Calado. O co-piloto venceu várias provas ao serviço da equipa de Aguiar da Beira. Em agosto do ano passado subiu ao pódio com o piloto Alexandre Camacho ao vencerem a 64.ª edição do Rali Vinho Madeira.
“Nos inquéritos referenciados investigam-se factos suscetíveis de enquadrar eventuais práticas ilícitas, conexas com a adjudicação de contratos públicos de aquisição de bens e serviços, em troca de financiamento de atividade privada; suspeitas de patrocínio de atividade privada tendo por contrapartida o apoio e intervenção na adjudicação de procedimentos concursais a sociedades comerciais determinadas, a adjudicação de contratos públicos de empreitadas de obras de construção civil, em benefício ilegítimo de concretas sociedades comerciais e em prejuízo dos restantes concorrentes, com grave deturpação das regras de contratação pública, em troca do financiamento de atividade de natureza política e de despesas pessoais”, referiu em comunicado a Polícia Judiciária.
A ARC foi uma das empresas visitadas pelas autoridades que realizou, ao todo, 130 buscas domiciliárias e não domiciliárias em diversos concelhos da Madeira, como Funchal, Câmara de Lobos, Machico e Ribeira Brava. Estiveram ainda na grande Lisboa, Braga, Porto, Paredes, Aguiar da Beira e Ponta Delgada.
A mesma nota da explica que as buscas realizadas em vários pontos da ilha da Madeira e de Portugal Continental visaram a recolha de elementos probatórios complementares “a fim de consolidar as investigações” dos crimes em causa. Além de Pedro Calado, foram detidos dois elementos do Grupo AFA. A investigação também envolve o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque.
Nesta operação participaram dois juízes de instrução criminal, seis magistrados do Ministério Público no Departamento Central de Investigação e Ação Penal, seis elementos do Núcleo de Assessoria Técnica da Procuradoria Geral da República e 270 investigadores criminais e peritos da Judiciária. Contou ainda com a colaboração da Força Aérea na montagem do dispositivo humano e logístico.