A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…
Já tem ementa para a sua mesa de Consoada? Temos a sugestão…
Com a descida das temperaturas, os cultivos necessitam de mais tempo para…
por
Margarida Benedita
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
por
Rita Mesquita Pinto
A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) apoiou 253 mulheres vítimas de crimes de violência no distrito de Viseu, em 2022 e 2023. O balanço foi divulgado a propósito do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, que é assinalado esta segunda-feira (25 de novembro).
Segundo a APAV, Viseu foi o concelho do distrito com o maior número de vítimas no feminino apoiadas pela associação com 47 mulheres. Só no ano passado, foram apoiadas 29.
Nos últimos dois anos, a APAV também ajudou 22 vítimas oriundas de Lamego e Tondela, 14 de São João da Pesqueira, 12 de Cinfães e 10 de Armamar e Castro Daire.
Os números apontam ainda para nove vítimas de Nelas, oito de Mortágua, sete de Sátão e Tabuaço, seis de Carregal do Sal, Oliveira de Frades, Santa Comba Dão, São Pedro do Sul e Tarouca, quatro de Penalva do Castelo e Sernancelhe, três de Mangualde, Moimenta da Beira, Vila Nova de Paiva e Vouzela, e duas de Penedono e Resende.
Segundo a APAV, em alguns casos, foi possível identificar o distrito de residência da vítima, mas não o município específico. Se somarmos apenas os casos identificados por concelho, foram contabilizadas 122 mulheres em 2023 e 100 em 2022.
De resto, de acordo com a instituição, não se sabe o distrito de residência de 2.132 vítimas a nível nacional.
A APAV apoiou no ano passado 12.398 mulheres, um aumento de 8,7 por cento face a 2022, quando foram apoiadas 11.400. Em declarações à agência Lusa, Daniel Cotrim, responsável pelo setor da violência doméstica e violência de género na APAV, considerou que 8,7% “é um aumento considerável”.
Além do aumento dos pedidos de apoio de mulheres pelo crime de violência doméstica, houve aumento de pedidos de apoio para meninas e raparigas vítimas de crimes sexuais, do número de situações de assédio laboral e de crimes de ameaça e coação, designadamente através do “sextortion” (extorquir, fazer chantagem com alguém através de conteúdo sexual).
“A grande maioria das vítimas que faz o seu pedido de apoio à APAV continua a ser a mulher e, na grande maioria das situações, estamos a falar de violência doméstica”, explicou Daniel Cotrim, referindo que a violência doméstica chega com um outro conjunto de crimes em simultâneo, como o abuso sexual, violação, “sextortion” e outros como importunação sexual, coação e difamação.
No total, os dados revelam também que, entre os principais crimes cometidos em 2022 e 2023, estão os de violência doméstica (37.157), crimes sexuais contra crianças e jovens (1.556), crimes de ameaça ou coação (1.243), crimes de ofensas à integridade física (81.018), crimes de injúria e difamação (988) e crimes sexuais contra adultos (791).
Também foram registados 3.434 crimes contra meninas e raparigas com idades entre os zero e os 17 anos, bem como 2.446 crimes de violência contra mulheres acima dos 65 anos de idade.
A maioria das vítimas (75,3%) são de nacionalidade portuguesa, enquanto 15,8% têm nacionalidade estrangeira e 8,9% têm a nacionalidade desconhecida.
Entretanto, a PSP e a GNR lembraram que a prevenção e investigação do crime de violência doméstica tem sido uma prioridade das duas forças de segurança e que têm vindo a intensificar as campanhas de sensibilização e a investir em ações específicas de formação do seu efetivo.
A GNR também revelou que, de janeiro a outubro deste ano, concluiu 4.209 investigações relacionadas com violência doméstica. No mesmo período, foram registados 12.283 crimes e detidas 1.199 pessoas. Já em 2023, foram registados 14.825 crimes e efetuadas 1.588 detenções.