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Portugal enfrenta uma doença silenciosa de consequências negras, num futuro próximo.
Segundo o último Censos de 2021, sem contar com os estrangeiros residentes, que cresceram 37%, e são já 542.000, Portugal não chegaria aos 10 milhões, e ficar-se-ia pelos 9.800.000.
Somos cada vez menos, minguando a cada década que passa.
Até os municípios urbanos, Lisboa, Porto e Funchal, perdem população, muito provavelmente devido ao agressivo mercado imobiliário e ao preço das casas e das rendas. E também, acrescentaria eu, por força do regresso às origens de muitos aposentados, e não só, dos que procuram sossego, recuperação do poder de compra, e meios alternativos de vida, pelas bandas do interior.
Sem explicação aparente, há, contudo, outros que ganham, Braga, Sintra e Cascais.
Agravando os sinais de despovoamento, 21 das 25 Comunidades Intermunicipais, também perdem população, ficando de fora 3 CIMs a sul, Lisboa, Oeste e Algarve, e uma a norte, Cávado, como se sabe, muito industrializada.
O Alentejo é a região que mais perde população, agravando-se a situação sentida há vários anos.
Dos 308 municípios, distribuídos pelo Continente e Regiões Autónomas, só 50 crescem em população.
E dos municípios com menos de 5.000 habitantes, todos eles perdem, tornando-se ainda mais pobres em gente e em recursos.
Muitos naturais emigram, face ao panorama pouco atractivo que o nosso país lhes oferece, sendo que a faixa etária mais disponível para passar as fronteiras é a que vai dos 30 aos 39 anos, e que, dificilmente regressará, na idade activa.
O problema demográfico é central nas vidas presente e futura do nosso país.
Somos cada vez menos e cada vez mais idosos, a população activa diminui, os recursos humanos, os mais qualificados, emigram, porque o país de origem não é promissor e nem sombra lhes dá, a economia ressente-se, na produtividade e na competitividade, a riqueza nacional regride, as reformas ressentir-se-ão, e não sairemos da cepa torta, já se anunciando que em 2023 até a Roménia, pasme-se, nos ultrapassará no PIB.
A classe política continua enredada em questões etéreas, dispersa em promessas, enredada em anúncios, envolvida em entediantes questões fracturantes, inchada de vacuidades, atraída pelos grandes projectos do aeroporto e da ferrovia, que para este desiderato contam muito poucochinho.
Faltam políticas de estímulo à natalidade e de fixação no interior, políticas a sério, e não brinquedos para adultos, ousadas, arrojadas, diferentes, que façam com que os cidadãos se sintam mobilizados a mudar de vida e motivados a fixarem-se no seu torrão natal.
Faltam reformas estruturais que mudem o país e o tornem europeu, na forma e na essência, falta coragem e força para as propor e as levar a cabo, remando contra os interesses instalados, confederações, sindicatos, ordens, corporações, parceiros sociais, mesmo que isso custe votos e o poder a quem o ousar.
Falta alguém que diga que o rei vai nu!
Entretanto, a ausência de pão para a mesa, o caos nos hospitais, o absurdo nas escolas, continuam a ganhar terreno, tornando-nos incompletos e mais tontos.
Afinal, o que queremos para nós?
Sentado nas aveludadas cadeiras de espaldar, dispostas nos salões, resguardados das intrigas palacianas por cortinados de seda carmesim, alguém consumirá os neurónios a pensar nisto, desapegado dos ciclos eleitorais, centrado apenas nos interesses nacionais?
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Jorge Marques